Armamento e perseguição

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O tempo é uma bala disparada em um campo aberto e em um dia de chuva com trovões,

Passará despercebida, você só vai se dá conta que realmente atirou no segundo que a fumaça surgir na boca da arma, igualmente é o tempo. Você só se dará conta que passou quando olhar e ver a fumaça do que você fez ou deixou de fazer na vida. Já ouvir diversas vezes que a vida passa rápido diante seus olhos que um dia você tem 20 e no outro 40. O tempo passou e nada de proveitoso você conseguiu fazer da sua vida,

Talvez, em alguma ocasião da sua vida você irá se arrepender pelo tempo que perdeu com alguma coisa e esse é meu caso agora, olhando para o relógio no pulso de Charles me dou conta que já passam das 19h, porra. Saímos de casa não eram nem 10 da manhã ainda.

Rosno igual um animal irritado e puxo ele para fora da loja de alguma marca qualquer, meus pés estão doendo e eu estou com fome. Eu repetir centenas de vezes durante o dia que só estava precisando de alguns jeans, regatas e algumas jaquetas, talvez alguns tênis e langerie, mas ele fingiu não me ouvir e o resultado é dezenas de sacolas de roupas, calçados, maquiagem e produto para cabelo.

Caminhamos até o carro dele umas quatro vezes para guardar as sacolas, ele repetindo que a partir de amanhã começarei a frequentar uma escola cheia de mimadinhos que te dão valor pela forma que você se veste, como se eu ligasse para o valor que os outros me dão, pelo amor de Deus!

- Pode pelo menos parecer feliz? A gente passou o dia gastando dinheiro.

Ele fala saltitante como se fosse a melhor coisa do mundo, opto por ignorar o comentário e quase dou um grito de alívio quando finalmente entramos na garagem e começamos a caminhar até o carro dele, passo os olhos pelo ambiente e vejo que está quase vazio, deve ter meia duzia de carros por aqui ainda.

- Irei me lembrar de nunca mais sair para fazer compras com você! Tipo, nunca mais mesmo. Em hipótese alguma!

Sei que tudo foi uma desculpa para não voltar para casa, ele chegou nossos pais já estavam dormindo e saímos eles ainda não tinha saído do quarto, provavelmente. Charles ainda não apareceu na frente do pai e está receoso com a reação dele ao ver o estrago no rosto do filho, paro enfrente ao carro dele e ele dá a volta indo até a porta do motorista, estava prestes a abrir a porta quando sinto um calor nas minhas costas, os pelos da minha nuca se arrepiam e o ar fica pesado, concentro meus sentidos tentando indentificar o que é, mas uma palavra parece brilhar enfrente aos meus olhos em neon e com glitter

Perigo

Alguém está me observando, levanto os olhos até Charles que está me encarando confuso

- Posso dirigir?

Ele me analisa por alguns segundos e então parece que lembra de algo e sorrir

- Claro, eu notei o quanto você pareceu impaciente quando estávamos vindo.

Dou a volta no carro pela frente, ele me encontra no meio do caminho e me entrega a chave do carro, aproveito e de forma discreta analiso os carros que estão estacionados,

No fundo, escondido entre uma BMW e uma Ferrari, há um Corolla preto e mesmo que os vidros sejam escuros eu sei que tem alguém lá dentro e que é ele quem está me olhando.

Seu nome foi solicitado, alguém anônimo que mora na Alemanha. 

Abro a porta do carro e entro, coloco a chave na ignição e giro fazendo o motor roncar, eu olho novamente para o carro suspeito e ele acende os faróis

Bingo!

Passo a marcha e piso no acelerador girando o volante para sair dali, quando finalmente saio da garagem e entro na avenida olho pelo retrovisor e vejo que ele está me seguindo

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