Sou, sempre fui e morrerei sendo!

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Eu odiava hospitais,

Odiava tudo neles, o cheiro, as cores, as pessoas, a porra do silêncio irritante. Tudo me irritava e me deixava no limite!

Quando o avião pousou na Itália vim imediatamente para o hospital. Precisava analisar como estava a situação dele e verificar se os homens que coloquei para protegê-lo está fazendo um bom trabalho, e eles estavam.

- Senhorita, já suspendemos os medicamentos. Tudo dependerá dele agora, infelizmente o que podemos continuar fazendo é monitora-lo!

Eu acenei para a médica sem soltar a mão de Charles, os dedos imóveis e frios me saudavam

- Vocês tem meu número, não hesitem em me ligar se acontecer alguma coisa.

Olhei para a médica que me deu um sorriso gentil e se retirou da sala, me abaixei e deixei um beijo na bochecha de Charles. Eu precisava sair daqui pois não podia chamar muita atenção, todos os meus seguranças nesse andar já era atenção suficiente para Charles ele não precisa da atenção extra que os meus inimigos dariam a ele se soubesse que me importo.

- Temos muita merda para fazer Charles, abra os olhos e levante dessa cama, porra!

Ordenei baixinho e me afastei indo em direção a porta de saída, parei olhando nos olhos do chefe de segurança que acenou para mim com respeito e sair, obrigando-me a não voltar.

Gian Fontana;

Sei que prometi que iria jantar com você hoje, mas o projeto dos Chips irá me prender mais que o esperado, me perdoa?

Não precisa pedir perdão, está tudo bem! Precisa de alguma coisa?

Não, até mais tarde.

Até loirinho.

Bloqueei o celular e coloquei no bolso traseiro da minha calça, coloquei os óculos escuro em meu rosto e segui até o estacionamento girando a chave em meus dedos enquanto assobiava tranquila. Estava prestes a abrir a porta do meu carro quando sentir passos se aproximando, puxei minha arma e girei o corpo mirando minha Tauros no insolente.

- Você pode me dá uma carona?

Valentino questiona com o rosto mascarando tédio enquanto olha para minha arma, um sorriso irritante nasce em seus lábios.


- Vim com Rocco, e ele precisou ir embora para resolver alguns problemas. Eu não estou afim de ir de Táxi e meus seguranças irão demorar para chegar!

Movimento a mão com desinteresse e jogo a chave do carro para ele que pega no ar. Dou a volta indo até o banco do passageiro e abro a porta me jogando no banco em seguida. O cheiro de Valentino preenche o pequeno espaço do carro, é um cheiro tão bom que me deixa por um segundo desorientada e zonza.

Puta merda, homem.

Ele sai do estacionamento e segue pelas ruas da Itália até que quase uma hora depois estamos em frente a sua casa, saio do carro em silêncio e ele faz o mesmo. Quando nos aproximamos ele prende os olhos nos meus e passa a língua nos lábios, sinto meu ventre se contrair com a cena e balanço a cabeça para espantar os pensamentos indesejado, o movimento faz meus olhos caírem no seu braço que tem uma mancha de sangue.

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