|| Não Confie Em Mim ||

|| CAPÍTULO 2 ||

• | Jake Trevor | •

Olhei com atenção a morena se afastar, e logo sumindo do corredor. Sorri de lado, e me direcionei na direção ao quarto do Cristian e esperei alguns segundos, antes de finalmente ir até lá, e fazer o que eu tenho que fazer.

— Com licença. — Abro a porta devagar, e dou duas batidas de leve, chamando atenção do meu melhor amigo. — Posso entrar? — Ele afirma com a cabeça, e com um sorriso melancólico em seu rosto, fazendo uma pontada de satisfação me atingir, mas mantenho a expressão.

— Será que eu fiz a coisa certa? — Ele se pronunciar, desviando o olhar para uma certa foto. Onde estava ele e a Lindissey, felizes e se abraçando, comemorando dois anos de namoro. — Eu a amo, mas o comportamento dela é tóxico! Eu já não sei mais o que fazer ou dizer, pra ela mudar! — Com as mão sobre o cabelo, ele as apertou, tentando tirar essa confusão dele.

— Não se preocupe mano, as coisas vão melhorar, ela vai mudar você vai ver. — Repouso meu braço no ombro dele, arrancando um sorriso de alívio do loiro. — Você não conhece alguma amiga dela, que possa tentar conversar com ela? — Vejo ele desviar a atenção para um lugar completamente aleatorio, enquanto pensava com cuidado.

Ele para por um segundo e suspira frustrado, balançando a cabeça negativamente.

— Não. Lindissey não tem amigas. — Assegurou ele, me olhando apreensivo. Não respondi nada, apenas prestei atenção do som dos seus pés batendo no chão, freneticamente. — Mas, ela tem uma colega bem próxima. É possível que ela escute, mas não tenho certeza. — Ajeitando a coluna, ele sorriu com a possibilidade de dá certo.

— Pode dá certo! Tente. — Dei dois tapas de leve em suas costas, me levantando em seguida. Me virei na sua direção, colocando as mãos dentro do bolso da calça. — Então, quando você pretende falar com a colega dela?

— Vou mandar mensagen primeiro. — Ele se levanta, arrumando o tecido amassado da sua camisa. E me olha novamente, vendo minha expressão confusa. — É que ela organizar festa. E como os pais dela vão inaugurar uma nova boate, tenho que ver se ela vai ter tempo.

Balancei a cabeça em afirmação, mostrando que eu havia entendido. Enquanto já escolhia o meu próximo passo, que como esperado, seria fácil demais.

— Por que não voltamos lá pra baixo, e nos divertimos um pouco, o que acha? — Me aproximo dele, vendo seu corpo tenso. E com um sorriso simpático, ele concorda.

Voltamos para a festa no andar de baixo, e todos tentavam disfarçar o clima, já que todos sabiam o motivo da Lindissey ter ido em bora. Não era novidade pra ninguém, o motivo dá relação deles estar bem complicada, afinal, todos conhecem bem a garota, e quanto ela é difícil de se lidar.

São exatamente duas da manhã, com uma casa cheia de adolescentes bêbados, chapados e drogados. Eu estou sóbrio, por mais que eu tenha ingerido algumas bebidas fortes, mas isso não me afeta, não mais.

— Ei mano! — Ele se aproximou, e eu virei meu rosto devagar, vendo quem me chamava. E não demorou nem um segundo para eu reconhecer o mesmo.

— Tudo bom, cara? — Estendo a mão para cumprimentá-lo, e depois batermos as mãos, ele se sentou ao meu lado todo sorridente. — O que houve? — Pergunto, me ajeitando direito no banco da cozinha, perto do balcão.

— Você tá bem? Tá quieto, desde cedo. — Sua feição preocupada, é a primeira coisa que eu notei, depois o seu corpo tenso, tremendo, mais é quase impossível de perceber. Ele é afim de mim desde sempre, mas ele nunca falou nada sobre isso.

Timides.

— Eu tô bem, só um pouco cansado. — Sorrio na sua direção, e cruzo os braços em cima da balcão, tentando não parecer antipático. — Tô acordado desde muito cedo. — Pego o copo de bebida na minha frente, e olho o conteúdo dentro, vendo o gelo derreter.