|| CAPÍTULO 26 ||

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• | Jake Trevor | •

Chegando finalmente aonde eu deveria, parei no meio fio e encarei o parquinho inteiro, procurando a morena, quando achei sorri de lado e chamei por ela. Lindissey me olhou neutra, mas como se tivesse agoniada por algo. Ela se levantou com um sorriso meio envergonhado e andou na minha direção. Eu achei que ela iria fazer algum comentário sobre a bicicleta ou algo do tipo, mas não fez, apenas se sentou na garupa agradecendo, com a voz mais suave que já ouvi. O que fez minha curiosidade aumentar pra saber o que aconteceu, mas não vou perguntar por hora, vou deixar que ela mesma faça isso. Como ela andou tanto? Porque ela fez isso, sendo que ela tem motorista?

— Podemos? — Perguntei simpático olhando para trás. Ela apenas afirmou com a cabeça, ainda com o olhar baixo, ajeitando a mochila em suas costas. Olhei novamente para frente e dei a partida, pedalando sem pressa, sei que ela não vai querer falar nada agora, então vou dá o tempo que ela precisa. Não tenho pressa.

Enquanto passávamos pelos lugares, lembrei que tenho que ir para o colégio, não estudo mais, só ajudo os professores e faço cursos, mas faltar não vai dá em nada, meu desempenho sempre foi mais que excelente, porém tenho que acompanhar e ver se tem outros novos, já que ainda tem alguns que pretendo fazer.

— Jake? — Ela me chamou baixo, me fazendo parar de pensar e lhe dá atenção. Eu apenas respondi um Sim?, esperando que ela continuasse a falar. — Sinto muito por ter te tirado do trabalho, fui muito incoveniente. — Senti seus braços me apertarem um pouco. É por isso que ela está tão quieta? Se ela apenas soubesse que trabalha em um hospital psiquiátrico é mais tranquilo do que normalmente o povo imagina. Mas não vou falar sobre isso, por quê tem chances dela e Joyce conversarem, então cedo ou tarde ela acabar descobrindo sobre Elizabeth, e aquela filha da puta adoraria por com a língua nos dentes.

— Não se preocupe com isso. — Respondi tranquilo. — O importante é que agora você está bem e não corre perigo algum. — Brinquei, recebendo uma leve risada dela, que parecia estar se soltando um pouquinho mais. Realmente foi uma boa ter pegado o número dela, graça a isso, ela se meteu em uma situação onde não tinha a quem ela recorrer, a não ser a mim. Como o universo é bondoso.

— Por que você faltou ao colégio essa semana? — Questionou com um pouco mais de ânimo, ela realmente estava se aproximando mais rápido do que eu imaginava. Típico de narcisistas, a raça mais estúpida na minha opinião, eles vão ficar perto de você, com tanto que você dê toda atenção que eles tanto querem e acham que merece, entre outras coisas. Não passam de pessoas vazias que buscas aceitação através de outras pessoas, por quê elas se odeiam tanto, mas fingem que se amam ou apenas acreditam fielmente nisso. Sempre achei o ego algo desnecessário, prefiro mil vezes o orgulho.

— A senhorita estressadinha sentiu minha falta? — Sorri em diversão, senti ela se encolher e começar a rir, logo deu um tapinha nas minhas costas. Queria muito poder ver ela sorrindo agora, já que ela sempre me olha envergonhada e depois desvia o olhar, isso me deixa encantado.

— Não, é apenas curiosidade. — Respondeu apoiado o rosto nas minhas costas. Fingi acreditar, enquanto eu apenas sentia seus dedos se enrolando devagar na minha camisa.

— Fiquei ocupado demais com o trabalho, nada demais, mas vou voltar segunda que vem. — Avisei, e senti seu corpo relaxar. Bom, eu não menti, eu realmente estava ocupado com o trabalho, mais não o da clínica. Nas horas extras, eu ajudo alguns colegas que vendem drogas a analisar os gastos e ganhos, sem falar de encontrar pessoas que estão dando qualquer tipo de trabalho a eles e dá um sustinho nelas, ou só passar a localização pra eles, entre outras coisas, ganho bastante dinheiro com isso. Sou cuidadoso e impiedoso o suficiente para não dá problemas, além do mais, nenhum deles seria tão estúpido o suficiente para ferrar comigo, sabe que faria isso da vida deles algo pior que o próprio inferno, detesto qualquer tipo de traidores

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