|| CAPÍTULO 4 ||

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• | Jake Trevor | •

Eu cheguei primeiro que todos. Conversei, expliquei e repassei o que Lídia teria que falar, fazer e gesticular durante a festa. Nada podia dar errado. Antes de abrirem a boate, conversei com o garçom de daria a bebida para Lindissey com uma surpresa dentro, com uma quantia certa de dinheiro, ele aceitou sem problemas. Assim eu terei tempo suficiente, até as coisas irem conforme eu quero.

Instalei uma câmera no banheiro dos funcionários, com visão noturna e garanti que ela ficaria na posição perfeita. Assim que terminei algumas configurações, me direcionei até umas das partes VIPs, eu ficarei sozinho ali e escolhi a dedo o lugar. Garantindo que eu terei a visão da festa inteira.

Depois de um tempo, abriram a boate, e eu fui para o meu lugar de observação. Pois estava na hora do show, e eu vou assistir ele de camarote.

— Tô um pouco nervosa. — Murmurou Lídia balançando os braços inquieta, olhei pro seu rosto e notei seu olhar ingênuo sobre mim e isso me incomodava. Odeio esse olhar.

— Faça exatamente o que eu falei e tudo sairá perfeito. — Olho para um seu rosto sorrindo, vendo seus movimentos repetitivos parar e sua tensão sumir. Fiquei satisfeito que ela estava atenta. — Mas pra ter certeza, você vai usar essa escuta com microfone. Ele é pequeno ninguém vai perceber. — Coloco objeto no ouvido dela, e jogando o cabelo sobre as suas orelhas, escondendo plenamente a escuta. — Darei as instruções por ela, ok?

Olhei sua expressão surpresa, e novamente ela questiona onde eu consigo essas coisas, e eu apenas balancei os ombros.

— Meu pai é um agente da polícia. — Conto sem emoção na voz, mantendo minha expressão seria.

— Que legal, Jake! — Ela abre sua boca animada e novamente tenta grudar em mim. — Quando vou poder conhecê-lo? — Seus olhos brilhantes estavam cheios de animação, provavelmente é o efeito da bebida fazendo seu trabalho. Era estava corada e completamente fraca emocionante.

Tantas brechas...

Tirei meus olhos dela, balançando a cabeça devagar, notando aquela voz que todo mundo tem na cabeça falar. Já sabendo do que ela queria dizer, me livrei de mais perguntas de um jeito rápido.

— Nunca, não o vejo já fazem dez anos. — Afasto seus braços de mim e chamo atenção dela, estalando os dedos na sua frente. — Agora se concentra, vai lá em baixo e faça o que eu disse. E mas tarde a gente conversa. — Um sorriso malicioso surgiu na minha boca, aproximei nossos rostos e fingi que iria beija-lá. Vendo ela fechar os olhos entre suspiros, eu paro onde estou. — Agora vá! Ou você desistiu de se vingar?

Mesmo estando com a cara emburrada por não ganhar um beijo, ela negou com a cabeça e saiu tranquilamente. Seja como for, ela sempre me escuta.
Sorri sozinho e me direcionei até o grande sofá vermelho sangue de camurça, fazendo a textura ser ainda melhor. Peguei o copo que ainda estava com a bebida de uns minutos atrás. Girei ele em minhas mãos, vendo o líquido se mexer satisfatoriamente.

A boate estava cheia. Alguns dançando, outros bebendo, mas ambos lados sorrindo. Peguei meu celular, deixando a bebida de lado. Entrei no Instagram e vejo a foto que a convidada esperada, tinha postado a alguns minutos. Ela ainda estava em casa, mas não demoraria a vir.

Estou animado. Espero que as coisas saiam tão divertidas, quanto eu tô imaginando que será.

— Jake? Você por aqui? — Um dos conhecidos se aproxima sorridente, enquanto esfregava as mãos. — Se você mandou chamar a gente, algo de podre você pretende. Não é mes- — Ele falava pra karalho, então eu cortei logo isso. Odeio que me impeçam de falar!

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