|| Não Confie Em Mim ||

|| CAPÍTULO 23 ||

• | Jake Trevor | •

— Aí, que demora, Jake! — Ela reclamou passando por mim, com sua cabeleireira um pouco bagunçada. Ela se jogou no sofá em seguida olhou pra mim, e com um sorriso maldoso ela dá um tapinha ao seu lado, querendo que eu me sente. Estreitei os olhos em sua direção, vendo ela fazer sua cara de pidona. Me imaginei esganado seu pescocinho por um segundo, seus gritos presos e unhas me arranhando, na tentativa de se salvar. Pena que sua voz me tirou desse pensamento exitante. — O que foi, amor? Eu quero sua atenção.

— Você não queria ela ontem, estranho. — Relembrei, fazendo ela revirar os olhos e fazer bico. Tão adorável que chega a ser irritante. Me pergunto se ela manteria essa expressão, sabendo o que eu tenho vontade de fazer com ela. — O que foi, veio se reconciliar? — Brinquei mexendo no seu cabelo, dei a volta no sofá e me sentei ao seu lado. Com um grande sorriso no rosto eu lhe beijei, com toda a raiva que eu sentia dela e que estava acumulada a um bom tempo. Apertando seu rosto e mordendo sua boca no final.

— Se continuar me beijando assim, você vai ter que me aguentar em cima de você durante um bom tempo. — Sorriu maliciosamente, apertando a minha bermuda. Eu ignorei isso, tocando a ponta do seu nariz, com um sorriso descontraído. Ela se encolhia nos meus braços, me tocando o máximo que podia, me provocando, mas é inútil, não vou sentir nada com isso, sem falar que ainda não era a hora. — Ain, Jake! Por que você não me toca, eu senti a sua falta.

— Calma, pequena. Vamos ter a tarde e noite toda pra nois dois se divertirmos. — Expliquei sorridente. — Quer beber alguma coisa? — Perguntei me levantando, querendo evitar ela, estou com nojo dela me tocando. Me virei um pouco na sua direção, esperando a sua resposta. Ela sorriu ajeitando sua postura, pelo jeito ela já estava querendo aprontar uma, vamos vê se essa postura se manterá por muito tempo.

— Tem algo com álcool, aí?

— Whisky. — Respondi caminhando até para cozinha, onde abri a geladeira, subindo o olhar até o congelador onde peguei a bebida, que minha irmã comprou para experimentar, mas não curtiu muito. Normal, ela é fraca para bebida, ela não coloca uma gota de álcool na boca desde o aniversário dela de quinze anos, já que ela ficou com uma puta ressaca, quase vomitando as tripas.

Coloquei a garrafa na mesa e abri a estante, pegando um copo de vidro. Enquanto colocava a bebida no copo, olhei para frente, conferindo se minha adorável namorada ainda estava sentada no sofá distraída. E sim, estava. Com rapidez, tirei um pequeno saquinho do bolso e o abri, jogando o pozinho branco dentro da bebida. Não demorou até ele se dissolver.
Peguei e levei até a garota que estava quase deitada no sofá. Em um pulo, ela se sentou e pegou o copo que eu estiquei na sua direção, Lídia começou a beber o conteúdo com um imenso sorriso.

— Não vai beber? — Questionou, me encarando, enquanto eu apenas ficava parado em pé na sua frente. Apenas neguei com a cabeça, lhe olhando fixamente. Ela ficou com as bochechas coradas, por algum motivo, enquanto mexia no cabelo. — Uma pena, queria ver você se soltando. — Deu o seu último gole, me estendendo o copo.

Peguei da sua mão e coloquei no móvel perto da TV. Cheguei perto dela e peguei suas mãos e comecei a dançar com ela, Lídia curte umas coisas desses tipo, mas eu não ligo, apenas estou esperando o que eu quero, fazer efeito.
Apertei sua cintura e toquei o seu rosto, fazendo nossas testas ficarem encostadas, apenas olhando dentro dos seus olhos, vendo um brilho ali. Logo ele foi sumindo, suas pálpebras foram ficando cansadas.
Afastei nossos rostos e segurei seu ombro, vendo ela perder as forças e cair sobre meus braços.

— Não se preocupe, eu irei me soltar. — Digo beijando sua testa.

— Jake... — Escuto ela sussurrar, antes de apagar e seu corpo amolecer.