|| CAPÍTULO 18 ||

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• | Jake Trevor | •

— Como foi seu dia, amor? — A voz dela me tirou das memórias de hoje mais cedo, ainda me pergunto o por que Lídia começou a namorar com Cristian, isso não estava no meu plano e isso pode atrapalhar muito. E, também não consegui esquecer da cena ilária que Lindissey me fez ver, ela toda nervosa por causa de um simples beijo, foi engraçado.

— Primeiro, pare de me chamar assim, tia. — A repreendi pela milésima vez hoje, vendo novamente ela fazer uma careta com bico, mas deu os ombros vendo que não tinha efeito e voltou a trançar seu cabelo. Ela está entediada, eu estou entediando, então, vim bater um papo com ela, como sempre faço. — E respondendo sua pergunta, foi interessante. — Dou um sorriso de lado, vendo ela me olhar surpresa.

— Que bom! Mas pode me dizer o por quê? — Ela se ajeitou sobre a cama, chegando mais para a beirada, como se estivesse pronta para se levantar, enquanto seus olhos estavam arregalados emanando pura curiosidade. É bom saber que sua curiosidade em achar algo para me machucar ainda está em dia, ficaria triste se ela tivesse desistido de me matar.

— Nada de tão divertido. Só fiz uma pirralha passar raiva, já que ela fez algo que eu não pedi ou combinei, e beijei a garota que ela odeia. — Dei os ombros, me ajeitando na cadeira. A risada de Elizabeth ecou pelo quarto, eu olhei em sua direção esperando que ela falasse, quero ouvir alguma piadinha nova dela ou ver ela tentar puxar meu saco. É sempre a mesma coisa.

— Cuidado adorado sobrinho, ou a pirralha irá ferrar com você e sua imagem, que é tão importante pra você. — Elizabeth provocou, fazendo uma voz irritante propositalmente, tentando colocar insegurança na minha cabeça. Não dava em nada, mas é divertido vê-la tentar e fracassar. — Pelo visto você perdeu o controle da sua marionete. — Ela se levantou e começou a rodopiar pelo quarto, fingindo que estava dançando com alguém, mas logo parou na minha frente, pegando na ponta da sua blusa e levantando um pouco as pontas enquanto se inclina, como se estivesse me chamado para a dança. Minha tia logo ergueu o rosto, me fazendo ter visão de suas íris esverdeadas. — Quem diria, não é mesmo, sobrinho?

Bufei revirando os olhos, finalmente me levantando ficando mais alto que ela, que ainda estava inclinada, mas como mecanismo de defesa, seu corpo fez ela dá um passo para trás, engolindo a seco seu medo. O que me fez instantâneamente sorrir.

— Você não entende, não é mesmo? — Comecei falando e ela franziu a testa confusa, mas continuou em silêncio a me escutar, dando mais um passo para trás, recuando. —Eu tenho o poder dá escolha, posso fazer a mente de qualquer pessoa ficar dividida. — Dei um passo na sua direção, repousando minha mão sobre seu ombro, enquanto sorria adoravelmente. — E não importa aonde ela vá, qual escolhas ela tome, tudo vai levar ela a pensar em mim ou entrar no meu caminho, fazendo voltar a ter vulnerabilidade. — Lhe encarei serio, dando meia volta e indo tranquilamente até a porta. Antes de abri-lá e sair, virei o meu rosto na sua direção. — Por isso você não consegue deixar de me amar ou me esquecer, assim como qualquer pessoa que me conheceu e conhece, independente se seja apenas por vingança ou afeto. — Suspirei pesado, tirando minha franja vermelha da frente do meu rosto, encarei o chão pensativo mas sorri fraco uma última vez. — E se ela tenta qualquer coisa contra mim, vou fazer o que sei de melhor... Ser eu mesmo.

Só quando eu fechei a porta, eu percebi que Elizabeth estava chorando em silêncio, o que me deixou extremamente relaxado, isso só me deu mais um motivo para sorri hoje.
Novamente o celular vibrou em meu bolso, mas inguinorei, sorrindo mais largamente, porém, sem parece estranho.
Segui para a sala onde se encontrava minha irmã, guardando devagar seus objetos na bolsa. Peguei o celular olhando a hora e lembrei que vamos sair cedo hoje, o que é bom, não quero minha ex fazendo show no meu trabalho.

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