|| CAPÍTULO 6 ||

71 12 48
                                    

• | Jake Trevor | •

Enquanto escutava a discussão, eu trocava de roupa, colocando um conjunto de moletom. Comi mais um pouquinho de carne, e sai dali.

— Sua vadia egoísta de merda. Você é uma tóxica, ainda bem que finalmente me livrei de você!

— DO QUE VOCÊ TÁ FALANDO? MERDA! — Gritou ela visivelmente alterada. — VOCÊ JÁ TINHA ME TRAÍDO SEU MISERÁVEL?!

Escuto um som de algo pesado sendo lançado, obviamente Lindissey e seus surtos de raiva. Nada surpreendente.
Passei pela porta e entreguei um dinheiro para o segurança.

— Quando aqueles dois moleques virem aqui, entregue esse dinheiro pra eles. — Ele balança a cabeça e eu continuo meu caminho.

Segui para a garagem com pressa e procurei a limosine de Lindissey. Como não tem ninguém vigiando no momento, eu peguei meu canivete e furei todos os pneus.
Segui até o final da garagem e peguei minha bicicleta, saindo da boate.

Ouvindo pela escuta, notei que a estressadinha já tinha saído. Eu segui até uma praça que tinha na frente da boate e parei numa lanchonete ao ar livre, para comprar dois podrão.
Esperando que minha convidada especial aparecesse e como esperado, Lindissey veio até aqui.

— Lindissey? — Ela continuou de cabeça baixa, provavelmente desejando intensamente que eu saia, e deixe ela em paz. Mas não vai ser assim tão fácil. — O que faz aqui fora sozinha, estressadinha? — Brinquei, desejando que isso fizesse ela se lembrar de alguns minutos atrás. Ela levantou o rosto devagar, e me olhou seria.

Ela realmente acha que vai adivinhar o que eu penso? Patética!

— Não é dá sua conta. — Responde grossa como sempre, querendo me fazer desisti. Fiquei em silêncio e sério por alguns segundos, em seguida me Inclinei na direção dela.

— Por que você tava chorando? — Ela me olhou com uma expressão de confusão. Toda sonsa achando que não iria notar, que a maquiagem dela não tá a mesma dá foto que ela postou no Instagram. — Eu sei quando você está triste. — Menti, ajeitando minha postura, ficando reto novamente, saindo de cima da bicicleta.

Ela se encolheu no canto do banco sem falar nada, enquanto isso, ela me segue com olhos, observando eu apoiar a bicicleta na árvore, como se fosse algo extremamente interessante. Voltei para o banco e me sentei ao lado dela, vendo ela desviar o olhar em seguida. Sorri de lado, vendo que ela me evitar incomodada.

— Não vai me falar, né? — Insisto, ela dá uma risada irônica e vira o rosto na minha direção. Fiz uma expressão de confuso, fingindo não entender.

— Por favor, não me faça rir. Não somos nem amigos, e quer que eu te conte algo? — Ela cruzou os braços, me olhando com deboche. Ela escora as costas no banco com os olhos cerrados na minha direção. — O que você tá querendo, Jake?

Fiquei em silêncio, refletindo se eu contava a verdade, ou contínuo meu teatro divertido. Mas decidi continua como eu pretendia, então, escolhi uma mentira mais sensata.

— Você nunca me considerou um amigo? — Ela ficou quieta por alguns segundos olhando minha feição, percebendo uma expressão de ofendido. Então, balancei a cabeça em negação, cortando o contato visual. — Por que? Eu nunca te fiz nada. — Ela fez uma pequena careta, deixando claro que pra ela, a resposta era óbvia.

— Você me irrita. — Me impressionei com a sua resposta direta, mas me mantive a expressão de perplexo. Ela revirou os olhos impaciente mais uma vez. — Você vive me tirando do sério e implicando comigo. — Explica ela, e eu apenas desisto, demonstrando que entendi.

|| Não Confie Em Mim ||Onde histórias criam vida. Descubra agora