Acordo ao som de uma coisinha irritante. “Priin, priin, priin”. Levanto a procura do barulho, e encontro, na minha cabeceira. Ah, um despertador, que de fato, desperta a dor nos meus ouvidos. Desligo ele.
Então, é hoje. Meu primeiro dia de aula. São 11 horas da manhã. Hefesto me disse que meu turno era de tarde e que começava...as 13h. Certo. 2 horas para me arrumar, tomar café e ir de carro, pra escola, com meu novo pai. Ainda nem vi ele. Será que ele é legal? Melhor não pensar muito no assunto. Em breve, saberei.
Abro o guarda-roupas, pego uma tolha, e vou pro banheiro. Preciso de um banho.
A água gelada me faz despertar de vez. Volto pro meu quarto, enrolada na toalha, e procuro no guarda-roupas meu uniforme. Encontro ele em uma gaveta... Uma saia cinza e uma blusa e meias brancas. Tem um bolso na blusa, e nele tá escrito “Colégio Martin Hous”. Pessoalmente, não gosto de cores cinzentas, não trazem nenhuma alegria ao ambiente, mas se tem que usar...
Me visto rapidamente, e em seguida penteio os meus cabelos. Pego um colar com um pingente de cristal e coloco. Estou pronta.
Saio do quarto e vou à cozinha para o café da manhã. Quando chego nela, Laryssa, que também estava de uniforme, diz:
– Cadê suas sapatilhas? E mochila?
– Er... – Olho para os meus pés, que estavam com meias brancas e chinelo. Esqueci completamente dos sapatos! – Vou calçá-los e arrumar minha mochila. Hoje é segunda, não é?
– Sim – responde meu mais novo irmão. – Odeio segundas-feiras!
Não entendo muito bem o porquê de tanto ódio por dias da semana, mas não vou discutir. Subo pro meu quarto, pego no armário um par de sapatilhas pretas e o calço. Então, pego minha mochila, e conforme os horários do quadro, jogo os livros das matérias de matemática, ciências e artes ali dentro. Jogo dois cadernos, a caneta, o lápis e a borracha também. Então desço a escada e vou para a cozinha novamente.
– Agora sim! – diz Laryssa, sorrindo.
Pego um pão na cestinha em cima da mesa, passo manteiga e o como.
– Não vai beber café? – pergunta o garoto.
– Não, Fabrício. Ela está meio enjoada. – diz Laryssa, piscando um olho pra mim. Não entendo, mas apenas aceno com a cabeça.
– Vamos, meninas? – diz um homem alto, de barba e olhos castanhos.
– Sim, pai. – responde Laryssa. Mais uma vez, apenas aceno com a cabeça. Então...aquele seria meu pai. Ok.
Acabo de comer o pão e sigo os dois.
– Fabrício não vai também? – digo subitamente.
– Não, ele vai a pé para a faculdade. É perto daqui. – responde Laryssa.
– Entendi. – digo, enquanto entro num carro preto, junto com ela, no banco de trás.
– Ué... Vai vir aqui atrás hoje?
– Vou ué. Por que não iria?
– Sei lá. Você sempre faz questão de ir na frente, porque já tem 18 anos, e não sei o quê...
– Ah, eu mudei em certos hábitos, a partir de hoje. – digo, sorrindo.
– Ok... – ela diz. E aquele cara, meu pai, começa a dirigir o carro, rumo à nossa escola.
Começo a ficar aflita. Olho pela janela o caminho... mas só vejo uma lagoa. Lembro da Urânia. Que falta minha amiga faz.
– Mas e aí, nova Anna, ansiosa pro primeiro dia de aula? – Laryssa pergunta, sorrindo.
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A Traição - Livro 1
Teen FictionA Traição é o primeiro livro de uma trilogia, que conta com fatos da vida real, mas também é relacionado a mitologia. SINOPSE: Hannah é uma garota/Deusa que busca o respeito e reconhecimento dos demais Deuses do Olimpo, pois foi condenada a solid...