Nathan me olha atordoado.
– Isso não é verdade, é? – pergunta.
– Quê? Não! – digo.
– Claro que não! Eu nem sabia que tinham roubado seu relógio! Por que não me falou? Não fui eu...
– Não te falei porque estava abalada com a morte de sua irmã! Não queria te preocupar... – ele diz. – Isso não é verdade, né. Não, não pode ser. Anna, eu confiava em você.... Esse relógio é a única herança que meus pais me deixaram! É significativo para mim.
– É claro que não é verdade! Você vai mesmo acreditar no que esse mané diz?
- Nathan, você não achou muito estranho ela ter se aproximado de você, assim, do nada? – diz David. – E aí, de repente, como mágica seu relógio some... que coisa, né. Ironia do destino...
– Eu não... – começo.
– Para com essa bobagem, David! – diz Hugo. – Anna se aproximou de Lucas e eu ultimamente também. E não roubou nada.
– Hannah, olha lá em... Acho melhor parar de mentir. Ou...vai negar também que é uma Deusa? – diz David.
– Ahm? Anna, como assim "Hannah"? E, que história de Deusa é essa?
– Nathan...
– Isso mesmo, jovem. Uma Deusa. Aliás, você é um Deus também, sabia.
– Você está doido, garoto! Deuses não existem! Fala sério... – Nathan diz.
David rir satisfatório para mim. Fito o chão.
– Eles existem. – digo.
– Quê?
– Os Deuses. – falo e olho diretamente para ele. – Eles existem.
– Anna, você não...
– O David está certo em relação a isso. E também é verdade que eu me aproximei de você para roubar o relógio.
– Anna...
– Me escute, Nathan. Eu na verdade me chamo Hannah, sou Deusa do Ébano e vim do Olimpo esses dias, para cá, com o propósito de pegar o seu relógio.
– Ahm? Por que diabos vocês querem tanto o meu relógio? Não pode ser outro?
– Na verdade... não. Queremos o seu, pois nele contém poderes e magias que vocês, seres humanos, consideram impossíveis. Mas que na realidade não são não.
– Anna, isso é loucura! E, você não veio para cá esses dias...você estuda aqui há anos! – diz ele.
Explico toda a história do pó do esquecimento, mas ainda assim, ele, e todos que estão por perto, acham tudo isso uma doideira. Não os culpo. Eu também acharia...
– E que história é essa de eu ser um Deus? – diz ele. – Vocês piraram!
– Hey, eu também sou? – pergunta Hugo intrigado.
– Você...? Que eu saiba, não....
– Ah, poxa. – diz ele. – Deve ser tão maneiro!
Por incrível que pareça, ele diz isso sem estar caçoando. Está mesmo interessado em ser um Deus. Sorrio.
– Se você é mesmo uma Deusa, então prove! – fala Nathan.
– Eu não... deveria. – digo.
– Ah, qual é, Anninha. – fala David. – Está vendo aquela árvore?
Ele se refere a árvore na qual havia o banco onde os meninos e eu passávamos o recreio. Fito bem ela. Ok.
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A Traição - Livro 1
Ficção AdolescenteA Traição é o primeiro livro de uma trilogia, que conta com fatos da vida real, mas também é relacionado a mitologia. SINOPSE: Hannah é uma garota/Deusa que busca o respeito e reconhecimento dos demais Deuses do Olimpo, pois foi condenada a solid...