Capítulo 18

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Nathan me olha atordoado.

– Isso não é verdade, é? – pergunta.

– Quê? Não! – digo.

– Claro que não! Eu nem sabia que tinham roubado seu relógio! Por que não me falou? Não fui eu...

– Não te falei porque estava abalada com a morte de sua irmã! Não queria te preocupar... – ele diz. – Isso não é verdade, né. Não, não pode ser. Anna, eu confiava em você.... Esse relógio é a única herança que meus pais me deixaram! É significativo para mim.

– É claro que não é verdade! Você vai mesmo acreditar no que esse mané diz? 

- Nathan, você não achou muito estranho ela ter se aproximado de você, assim, do nada? – diz David. – E aí, de repente, como mágica seu relógio some... que coisa, né. Ironia do destino...

– Eu não... – começo.

– Para com essa bobagem, David! – diz Hugo. – Anna se aproximou de Lucas e eu ultimamente também. E não roubou nada.

– Hannah, olha lá em... Acho melhor parar de mentir. Ou...vai negar também que é uma Deusa? – diz David.

 – Ahm? Anna, como assim "Hannah"? E, que história de Deusa é essa?

– Nathan...

– Isso mesmo, jovem. Uma Deusa. Aliás, você é um Deus também, sabia.

– Você está doido, garoto! Deuses não existem! Fala sério... – Nathan diz.

   David rir satisfatório para mim. Fito o chão.

– Eles existem. – digo.

– Quê?

– Os Deuses. – falo e olho diretamente para ele. – Eles existem.

– Anna, você não...

– O David está certo em relação a isso. E também é verdade que eu me aproximei de você para roubar o relógio.

– Anna...

 – Me escute, Nathan. Eu na verdade me chamo Hannah, sou Deusa do Ébano e vim do Olimpo esses dias, para cá, com o propósito de pegar o seu relógio.

– Ahm? Por que diabos vocês querem tanto o meu relógio? Não pode ser outro?

– Na verdade... não. Queremos o seu, pois nele contém poderes e magias que vocês, seres humanos, consideram impossíveis. Mas que na realidade não são não.

– Anna, isso é loucura! E, você não veio para cá esses dias...você estuda aqui há anos! – diz ele.

   Explico toda a história do pó do esquecimento, mas ainda assim, ele, e todos que estão por perto, acham tudo isso uma doideira. Não os culpo. Eu também acharia...

– E que história é essa de eu ser um Deus? – diz ele. – Vocês piraram!

– Hey, eu também sou? – pergunta Hugo intrigado.

– Você...? Que eu saiba, não....

– Ah, poxa. – diz ele. – Deve ser tão maneiro!

Por incrível que pareça, ele diz isso sem estar caçoando. Está mesmo interessado em ser um Deus. Sorrio.

 – Se você é mesmo uma Deusa, então prove! – fala Nathan.

 – Eu não... deveria. – digo.

– Ah, qual é, Anninha. – fala David. – Está vendo aquela árvore?

Ele se refere a árvore na qual havia o banco onde os meninos e eu passávamos o recreio. Fito bem ela. Ok.

A Traição - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora