Capítulo 34

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Celeste

Eu estava envolta de uma capa, não sabia como mas aquela magia dentro de mim tinha controle.

Era questão de vizualizar.

Vizualizar a magia, e então, ela acontecia.

Talvez essa era a chave de tudo, acreditar, vizualizar, e aquilo aconteceria, talvez isso fosse a ignorância dos humanos, talvez todos tivessem um pouco de magia dentro de si, só não descobriram ainda a forma de fazê-la funcionar.

Eu subi aquele morro onde ficava o balanço, coberto de neve, havia feito um feitiço, ao qual fez Bibi se tornar uma gata de pelo cinza, o qual ela não gostou muito, mas era em prol de nosso disfarce, ninguém poderia nos reconhecer.

Acho que devem ter se passado, três ou quatro anos, talvez sete.

Mas eu tinha a sensação de que não era assim, não conseguia lembrar direito de como eram as coisas na ponte, o que eu via através dela, e isso estava me matando.

Eu parei, encarando três machos ali, naquele morro, com asas illyrianas.

Não, não eram Cassian, ou o meu pai, nem mesmo Rhysand.

Meu poder emanou, e agora, eu não passava de uma velhinha feérica.

Eu manquei devagar, observando de longe, três machos.

Eles estavam diante de minha lápide, flores em suas mãos.

— Nos tornamos guerreiros, mãe, fortes, com honra, como você queria. -disse o primeiro.

Meus joelhos falharam e eu ofeguei baixinho.

Agora, vendo os seus rostos, seus rostos idênticos, a pele clara e os cabelos negros como a noite encarnada, os olhos azuis profundos como os meus.

Eu levei a mão a boca, as lágrimas descendo.

Meus filhos.

São os meus filhos.

— Já vencemos guerras, várias delas. -disse o segundo.

— Lutando ao lado do nosso pai, dos nossos tios, e do nosso avô. -completou o terceiro.

Erza, Apolo e Nyx.

Estavam crescidos, são machos belos e fortes, guerreiros poderosos, como estava previsto a serem.

— Sentimos a sua falta. -suspiraram.

Eu também sinto, meus bebês, eu também sinto.

Eu funguei baixinho, minhas pernas falharam e eu cambaleei para frente.

Os três machos se viraram de iemdiato.

— Senhora? Está tudo bem? -o segundo veio até mim.

Podia reconhecer os três, sentia quem era quem com facilidade.

E quem me amparou fora Nyx.

Eu estremeci diante do toque de meu filho.

— Se machucou? -Apolo se aproximou.

— Eu estou bem. —minha voz saiu envelhecida— meu corpo não é mais o mesmo de antes, não sou mais uma mocinha. -soltei uma risada.

— Subiu esse morro sozinha? -Erza ergueu as sobrancelhas em surpresa.

— Sou velha, mas ainda tenho um pouco de pique. -falei.

— Tenho certeza de que sim. -Nyx sorriu para mim.

— O que a senhora faz aqui? -Apolo questionou.

— Aqui é calmo, gosto de ficar aqui, e conversar com a bela moça. -apontei para a lápide.

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