Capítulo 59

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Celeste.

Tenho uma surpresinha para todo mundo. -falei.

— Que surpresinha? É de comer? Estou com fome. -diz Cassian.

Bufo um riso, o encarando.

— Não é de comer. -digo.

Ele choraminga e eu reviro os olhos.

— Bem. -minha mão acaricia aquela saliência em minha barriga.

Cassian segue com o olhar, parando de reclamar, seus olhos cintilam e suas asas abanam como se fosse um cachorrinho, ele passa horas observando a minha barriga, todos os dias, e fica minutos murmurando que tem sorte, que eu estou carregando um pedaço meu e dele.

— Que surpresinha? -questiona Rhysand.

Eles encaram o enorme objeto na sala, coberto por um cobertor.

Amren farejou o ar e estremeceu.

— Você não fez isso, garota. -ela diz, me encarando.

Eu me faço de inocente.

— O que você fez? Mamãe. -Apolo me encara.

— Olha a cara dela, é a nossa cara quando fazemos algo, certeza que ela aprontou. -Nyx sussurra para Erza.

— Mãe. -Erza ergueu uma sobrancelha.

Eu ergo as mãos.

— Não fiz nada, meus bebês. —digo— ou melhor, fiz, mas..

Eu puxo o cobertor e todos travaram no lugar.

— Vixe. -Cassian parou de dar pequenos beijos em minha barriga, erguendo o olhar.

— Esse é o...

— Caldeirão. —dei dois tapinhas no mesmo—  roubei ele, agora hiberny tá sem o brinquedinho dele.

— Como roubou isso!?? -Rhysand exclama, sua voz subindo uma oitava.

— Bem....

Minha mente vaga para a imagem do reino em ouro caos, fogo, eu gargalhando enquanto Bibi encendeia tudo, enquanto eu faço o rei hiberny se mijar de medo e fugir para os buracos.

— Teve muito fogo, caos, gritos, sangue, cinzas, e algo bem dialogado. -falo inocente.

— Sei, dialogado, sei. -Cassian semicerra os olhos para mim.

— Mas... A bebê é da briga, ela amou a experiência. -falo.

Eu dei um tapinha no caldeirão.

— Agora que ele está aqui, eu já posso dormir em paz? -questiono.

Eu me espreguiço.

— Estou com sono, e não estava conseguindo dormir pensando no Rhysand morrendo no meio da guerra ou meu pai, os meus bebês e o meu leãozinho guerreando. -falo, bocejando.

— Fez isso tudo só para não irmos a guerra? -questiona Cassian.

— Sim, e para a Evangeline não nascer no meio do caos. -falo.

— Envangeline? -todos piscam.

— É o nome dela. —aliso minha barriga— lindinha da mamãe.

— Gostei.  -disse Cassian.

— Mas nada muda o fato que você se arriscou! -meus filhos grasnam.

— E se você morre? Eu mataria todos. -rosnou Erza.

Eu encarei eles como uma criança inocente.

— Ai, como vocês são chatos, foi só uma briguinha. -bato os cílios.

Eu surjo do lado deles.

— Vão ficar bravos comigo? -faço bico.

Eles me encaram sérios.

— Vão ficar de mal da mamãe? -cutuco a bochecha de Erza.

Ele abriu a boca mas desmanchou a marra quando lhe dei um pequeno beijinho na bochecha.

Beijei as testas de Nyx e Apolo, amansando as feras em poucos segundos.

— Fracos. -bufa Rhysand.

— Deixe eles! —digo, sendo abraçada por três bebês illyrianos manhosos— quem são os meus bebês?

— A gente. -suas asas dão duas batidinhas.

Eu sorri.

— Fim de papo, babys.

*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.

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