Capítulo 12

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Celeste

Eu pisquei para tudo o que Rhys me explicava.

O meu olhar foi para bois que eu vestia, eu a levantei levemente apenas para ver o meu abdômen que estava enfaixado, e com uma mancha de sangue.

— Um pouco mais acima e para o lado... e eu teria morrido. -murmurei.

— A culpa foi minha, me desculpe. -ele disse.

— O que? -o encarei.

— Se não tivessem visto as minhas asas.

— Eu não acredito que está me pedindo desculpas por suas asas, Rhysand! —o encarei irritada— está me pedindo desculpas praticamente por tê-las! Você não teve culpa do que aconteceu, a culpa é do ser humano que teme o novo e o diferente, mesmo que seja algo especial. Se você me pedir desculpas por isso, eu te dou um soco. -falei.

Ele me encarou e a fêmea do lado dele sorriu.

— Mas que desaforo, e culpa também foi do maldito vizinho que gravou. —bufei— tô puta agora.

Ele me encarou, acariciando o meu rosto.

— Pensei que fosse perder você. -ele murmurou.

Eu desmanchei a minha marra em segundos.

— Vaso ruim e louco não quebra. -falei.

— Não brinque com isso, eu não sei o que faria se tivesse perdido você, Celeste. -ele disse me encarando.

Meu polegar limpou sua lágrima que caiu.

— Mas não perdeu. —falei— se você não tivesse me trazido para cá, eu provavelmente teria morrido em meu mundo, você não saberia como me levar a um hospital e provavelmente mais daqueles soldados iriam aparecer.

— Eu matei todos.

Eu peguei o meu celular, me surpreendendo quando meu sinal de dados móveis estava funcionando.

Eu abri o Instagram e xinguei baixinho.

— Olha.

Eu mostrei a ele, ele encarou de olhos arregalados o prédio cercado de vans negras assim como helicópteros que circulavam por cima, muitos, muitos soldados armados estavam isolando o prédio.

— Tem muito mais deles. —falei— eles iriam te levar para sabe sei lá deuses onde e iriam fazer experiências com você, te torturar.

A fêmea ao seu lado estremeceu tocando o ombro de Rhys e eu a encarei.

— Ah, oi moça. —sorri envergonhada— não fomos apresentadas, que coisa feia, Rhys.

Ela sorriu.

— Sou Miranda, querida. -ela disse docemente.

— Sou Celeste, e o Rhys já deve ter fofocado de mim certeza. -falei.

Ela assentou rindo.

— Ele fala muito de você. —ela disse— demais...

— Mãe, pelo caldeirão. -Rhysand disse.

Opaaa...

— É a minha sogra? -questionei.

Eu tapei minha boca com a mão, corando.

Rhysand me encarou e sorriu.

— É sim. -respondeu ele.

Que vergonha deuses.

A mãe dele riu baixinho.

— Minha irmã quer te conhecer, e ela está prestes a arrombar a porta. -disse Rhysand.

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