Capítulo 17

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Celeste

E quem disse que eu saí no quarto no dia seguinte?

Minhas regras haviam chegado e eu estava com uma puta cólica do satanás.

— Pior que nem tem aquele chá que eu tomo aqui, Bibi. -murmurei com dor.

Ela latiu, subindo em cima da cama, então tateou a minha barriga com suas patinhas, em uma massagem.

A mala devia ter até a passagem para Nárnia, já havia tomado quase seis comprimidos para cólica e dois para dor.

— Vou morrer em outro mundo, que vida cruel. -falei.

Bateram na porta.

— Celeste? -a voz de Rhys soou.

— Celeste está morta no momento, deixe seu recado após o sinal. -falei.

Bibi latiu fazendo o sinal.

Rhysand adentrou o quarto.

— O que está fazendo? -ele me encarou.

Eu estava de cabeça para baixo.

— Coisas de mulher.

— Vocês mulheres são entranhas. -ele inclinou a cabeça para poder me ver melhor.

Eu fiz uma careta de dor.

— O que você tem? -ele perguntou.

— Cólica. —caí na cama— minhas regras chegaram, está doendo pra cacete.

Ele arregalou os olhos.

— Por que não me disse??

— É desconfortável conversar com alguém do sexo oposto sobre uma coisa dessas. -falei.

— Mas sou o seu namorado. -ele surgiu sentado na cama.

Eu me contorci na mesma em busca de uma posição boa.

Nenhum afuncionava.

Algo surgiu em sua mão, uma compressa quente.

— Espere. -ele ergueu minha blusa, pondo a compressa ali.

— A única parte ruim de ser mulher. —bufei— esse cacete dói demais.

— Culpa dos hormônios. -ele chutou.

— Culpa da puta da Eva, por causa dela sou obrigada a sentir mil coices todo o mês e sangrar o mar vermelho. -falei.

Bibi assentiu.

A mão de Rhysand retirou a compressa, e então ficou em meu ventre, fazendo uma massagem, sua mão estava quente.

Ele estalou os dedos da mão livre e uma grande tigela de chocolates surgiu.

— Quer alguma coisa?

Neguei comendo os chocolates.

— Quero arrancar o meu útero fora, essa porra. -falei irritada.

— Ah, mas como teremos filhos assim? -ele bateu os cílios.

Eu corei.

— Mas que filhos? -murmurei comendo chocolate.

— Os nossos.

— Que nossos?

— Você é minha.

— Namorada, não esposa. —sorri esperta— se quer filhos me peça em casamento.

— Espertinha. —ele tocou a ponta do meu nariz— não tão rápido. -ele disse.

Corte De Mundos OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora