Celeste
Rhysand não me deixou sair da cama, e ficou de olho em mim enquanto eu o encarava de braços cruzados.
— Deixa eu andar um pouquinho. -choraminguei.
— Seu ferimento está se curando, quer mesmo abrir os pontos? -ele me encarou.
— Você pode curar isso facilmente com magia. —falei— e foi um ferimento de bala, é pequenininho a perfuração. -argumentei.
— Não é não. —ele me encarou confuso— havia tanto sangue..
— A bala perfura igual uma flecha. —falei— ela não faz um corte gigante igual a uma espada.
— Deixe-me ver. -ele se aproximou.
Eu levantei a blusa até o abdômen e ele com cuidado o desenfaixou.
— Realmente. -ele encarou o ferimento.
— Viu? -o encarei convencida.
— Madja retirou a... A bala. —ele disse— uma coisa tão pequena fez você quase morrer e eu entrar em desespero completo.
— Poisé. -assenti.
Sua mão tocou o lugar e sinto dor, ao mesmo tempo que a pele arder e formigar, a sua magia retumbando.
Eu então encaro o meu abdômen, sem ferimento, sem sangue, apenas uma pequena cicatriz.
E eu não sentia mais dor alguma.
Eu suspirei aliviada.
— Quê? -encarei Rhysand que me olhava.
— Sente dores? Alguma coisa? -ele perguntou.
Eu neguei.
Ele suspirou aliviado.
— Graças a mãe. -ele disse, como se tivesse tirado um peso enorme das costas.
— Vem cá. -bati em meu colo.
Ele subiu na cama, suas botas e meias sumindo, ele deitou abraçando a minha cintura, sua cabeça deitada ali.
Eu acariciei os seus cabelos pretos azulados.
— Bebê illyriano. -cantarolei, acariciando o seu rosto.
Ele me apertou contra si suavemente.
Ele deixou um beijo em meu abdômen ainda exposto, e então subiu, um beijo em minha clavícula, e então em meu pescoço, minha orelha, bochecha e queixo, então os lábios do grão-senhor colaram-se aos meus.
Eu retribuí seu beijo, sentindo o fervor que o grão-senhor pusera, o fogo com o qual ele incendiava com os lábios, deixando o beijo profundo e necessitado.
— Que fogo é esse? Senhor Rhys, não que eu esteja reclamando, mas pensei que você fosse da igreja. -soltei uma risada contra os seus lábios.
Ele corou levemente, soltando um riso baixo.
— Desculpe, é difícil me controlar depois que aceitou. -ele disse.
— Aceitei o que? -pisquei.
Ele arregalou levemente os olhos.
— Ser... S-ser cortejada! -ele gaguejou, sorrindo amarelo.
Eu franzi o cenho.
— Ah, está assim por isso? -pentei seus cabelos com meus dedos.
Ele assentiu, beijando minhas mãos.
— Imagine se eu tivesse aceitado um pedido de casamento. -soltei uma risada.
— É até mais sério. -ele murmurou.
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Corte De Mundos Opostos
FantasíaE se você estivesse tranquila em seu apartamento quando um ser entra pela sua janela? E se esse ser for um Grão-Senhor perdido que atravessou entre os mundos sem perceber? e se você com o tempo que sse macho ficou com você, você acabou de apaixonand...