Capítulo 51

2.6K 372 222
                                    

Celeste

Passamos boa parte da noite alí, eu ouvia a história de cada um, e na volta pra casa, eu e o illyriano conversávamos.

— Você me levou para uma terapia? General. -soltei una risada.

— Eu gosto de vir aqui, me sinto mais calmo, achei que gostaria. -falou.

— E gostei. -concordei.

Nós paramos na ponte do sidra, encarando a lua e as estrelas.

—  Estou bem tranquila. -suspirei.

Estava, pela primeira vez em muito tempo.

— Fico feliz, Peach. -falou.

— Peach? -questionei divertida.

— Você tem um delicioso cheiro de pêssegos. -ele inspirou fundo em meus cabelos.

Eu abracei a sua cintura, me recostando na ponte com ele, suas mãos seguraram a minha.

— Cassian, obrigada. -sussurrei.

Ele beijou meu queixo.

— Não tem nada o que agradecer. -ele disse.

Eu beijei seus lábios, repetidas vezes.

— Linda. -ele disse.

Eu sorri de lado, apreciando o carinho que ele fazia em meu rosto.

— Meu pai não disse nada demais, estou surpresa. -falei.

Nós rimos baixinho.

— Seu pai reconhece que você merece ter felicidade, Celeste, mais do que qualquer um. -ele disse.

— Cassian, eu tenho medo, eu sou muito complicada, emocionalmente. -murmurei.

Não queria que ele se machucasse, ele não.

Mas eu o queria. Queria o macho diante de mim.

— Eu tenho paciência, branquinha. -ele disse.

Eu bufei uma risada.

— Quantos apelidos você tem guardados para me chamar? -questionei.

— Milhares. -ele respondeu.

Eu ri.

— Quero dizer eles todos os dias, para sempre. -ele disse.

Eu suspirei, o encarando com os olhos brilhando, um brilho que achei que não teria mais.

— Cassian, você...

— Se você quiser. -ele disse.

— Eu quero. -assenti.

Sem nenhum receio.

Ele uniu sua testa a minha.

— A partir de hoje, e sempre.

— E sempre. -o encarei nos olhos.

Ele me beijou, embaixo das estrelas.

Esfregando a ponta de seu nariz no meu.

                          ☆

Eu adentrei a casa do vento com Cassian, acho que eles haviam jantado, e estavam jogando conversa fora.

Eu passei direto pela porta da sala, mas nos viram, e viram nossas mãos dadas.

— Mãe? -ouvi Nyx chamar.

Eu suspirei.

— Meia volta. -cantarolei.

Cassian bufou um riso, entrando na sala comigo.

Corte De Mundos OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora