Capítulo 46

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Celeste

A briga foi uma burrada.

Eu inspirei fundo, foi uma burrice ter imendado a briga, mas pela mãe, eu não sou perfeita.

Minha paciência ia estourar uma hora, eu tô guardando um raio de coisas que ainda não pus para fora, cacete.

Eu suspirei, eu caminhei até a cabana, tinha um presente para pedir desculpas a ela, tinha, uma bolsa para ela arrastar o moio de tintas e pinceis dela para tudo que é canto.

Eu abri a porta, e franzi o cenho, estava aberta.

Ela nunca deixa a porta aberta.

Eu adentrei a casa devagar, não há como a cabana ser invadida, há escudos aqui.

Ouvi estalos e caminhei devagar até a sala.

Eu fechei lentamente os olhos e deixei uma lágrima cair.

Puta que nem eu só aprende levando tapa na cara mesmo, não é?

Eu encarei o grão-senhor da primaveril, com Feyre, no sofá, a beijando.

E ela retribuía.

Meu coração doeu, de uma forma, que achei que ele tivesse sido perfurado por uma flecha.

— O show vai acabar quando? Avisem para eu pegar um balde e vomitar ali mesmo. -minha voz ecoou.

Feyre deu um sobressalto, arregalando os olhos.

— Celeste...

Eu encarei Tamlin que estava pálido me encarando, ele morre de medo de mim, não é?

— Feyre.. -ele começou.

— Eu sugiro que corra, grão-senhor. —o encarei— porque assim que o meu marido bater o pé nessa cabana a tua cabeça vai surgir fincada em uma estaca.

Meus olhos brilharam.

— Mas antes disso tu vai comer o pão que a mãe amassou em minha mão. -ciciei o rosnado.

— Celeste, eu posso explicar. -Feyre disse.

— Cala a boca que a conversa com você vai começar quando esse corno filho da puta sair daqui de dentro. -grunhi.

Ela se calou.

— Não vai fazer nada com ela. -ele disse.

— Eu não sou puta pra quebrar a cara dela, por mais que esteja merecendo por me fazer de trouxa, mas a tua vale pela dos dois.

Eu o agarrei pelo o pescoço e o arrastei para fora ouvindo os berros de Feyre.

— Para de gritar, caralho, tem ninguém surdo nessa merda! -rosnei.

— Não mata ele...

— Isso eu deixo para o Rhys. -joguei Tamlin no chão.

Eu encarei Bibi.

— Não deixa esse embuste sair. -ordenei.

Ela assentiu e rosnou apra o grão-senhor que ficou imóvel.

Eu adentrei a casa, vendo Feyre no sofá.

— Amor, me desculpa.

Eu sentei em uma poltrona, e apenas a encarei, uma lágrima descendo.

— Eu te juro...

— Não jure, isso é humilhação e falta de vergonha na cara da sua parte. -a encarei dura.

— Nunca falou assim comigo.

— Há primeira vez para tudo.

— Eu estava desesperada! Você saiu daqui e Tamlin veio, eu não sabia o que fazer, você estava puta comigo! —soluçou— e quando ele me beijou eu retribuí, mas por impulso!

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