12. Oco

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Hermione olhou para a casa dos Potter em Godric's Hollow. Era difícil acreditar que alguém já tivesse morado lá. O telhado desabou; a porta estava fora das dobradiças e encostada no batente. Ela segurou com força o braço de Harry enquanto ele observava a visão. Apesar de acreditar que a placa fora da casa não deveria ter sido vandalizada, ela sentiu os esforços deles reforçados pelas palavras de encorajamento.

— Vamos — Draco disse de repente, abrindo o portão da passarela dos Potter.

— O que você está fazendo? — Harry perguntou.

— Indo para dentro. Não é por isso que estamos aqui? — Draco respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Não podemos! — Harry protestou.

Draco se virou para ele frustrado.

— Potter, esta é a sua casa. Achei que você queria voltar para onde tudo começou. Bem, é isso. — Ele continuou em direção à casa.

Hermione e Harry trocaram um olhar. Ela sabia que seria extremamente suspeito, disfarçado ou não, alguém vê-los entrando na casa dos Potter. E poderia muito bem ser uma armadilha. Um rápido 'Hominum Revelio' revelou que não havia ninguém dentro da casa. Hermione encolheu os ombros e seguiu Draco, puxando Harry gentilmente com ela.

Draco esperou na varanda pelos dois grifinórios.

— Depois de você, Potter — ele disse, acenando para a porta.

Harry acendeu sua varinha e entrou na casa escura.

O coração de Hermione se partiu quando ela entrou e olhou ao redor da casa. Ela poderia dizer que já havia sido uma casa adorável e acolhedora. Eles estavam em um hall de entrada modesto, o piso de madeira empoeirado rangendo sob seus pés. Na frente deles havia uma grande escadaria curva, e ela tentou ao máximo não imaginar o corpo de James Potter deitado sobre ela enquanto tentava proteger sua família.

Ela se virou para a direita para ver o que antes era uma aconchegante sala de estar. Poucos itens pessoais permaneceram. Todas as caixas foram retiradas das prateleiras, mas os móveis permaneceram. Um sofá empoeirado estava diante de uma grande lareira. Havia uma pequena cadeira de balanço ao lado do sofá e Hermione se aproximou dela com hesitação. Um cobertor pequeno e gasto estava sobre ele e ela o pegou. Estava comido pelas traças e quase caindo aos pedaços devido à idade, mas ela viu um pequeno "H" bordado em um dos cantos. Esse era o cobertor de bebê de Harry. Seu estômago se revirou ao pensar na vida que havia sido tirada de seu amigo nessa casa.

Ela podia imaginar os Potter agora, sentados em frente à lareira; criando seu filho em um lar de amor e risos. Ela podia vê-los ensinando-o a ler, a pilotar uma vassoura e comemorando quando ele recebeu sua carta de Hogwarts. Ela podia vê-los convidando Sirius e Remus para jantar toda semana e deixando ela e Ron passarem os verões aqui, em sua linda casa.

Ela se virou, avistando Harry enquanto ele subia as escadas. Draco se aproximou dela silenciosamente.

— Você está bem? — ele respirou, colocando a mão no braço dela.

Hermione percebeu que estava chorando e rapidamente enxugou as lágrimas.

— Sim — ela insistiu. Ela lançou um feitiço de limpeza rápido no cobertor antes de colocá-lo em sua bolsa de contas.

Ela olhou ao redor da sala mais uma vez antes de ir para a cozinha adjacente. Ela esperava encontrar o maior número possível de pedaços da família de Harry. Muito pouco havia sido deixado para trás, mas ela esperava poder encontrar algumas lembranças para ele guardar.

Ela abriu algumas gavetas, encontrando principalmente utensílios antigos, antes de encontrar uma gaveta cheia de papéis. Ela os puxou e os vasculhou. A maioria eram listas de compras ou pedaços de papel com endereços de amigos.

Resistance | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora