16. Mansão

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Draco foi colocado de joelhos junto com os outros no grande salão de baile de sua própria casa. De todas as maneiras que ele havia imaginado para voltar para sua casa, essa tinha que ser a pior delas. Ao lado dele, os olhos de Hermione estavam arregalados de medo. Ele percebeu que ela estava avaliando a situação, tentando encontrar uma solução. Ele também estava, e não conseguia pensar em nada que pudesse tirá-los dessa situação. Eles estavam presos magicamente, o que eliminava a pequena possibilidade de dominar fisicamente seus captores. Ele sabia exatamente quão fortes eram as proteções ao redor da Mansão Malfoy. Eles não podiam aparecer de dentro da mansão ou nos terrenos dentro das linhas de sua propriedade, que se estendiam por pelo menos um quilômetro em cada direção. Seus olhos se voltaram para a lareira, que havia sido fechada com barras para impedir qualquer atividade de flu. Não houve sorte ali. Eles estavam presos. E se seu instinto estivesse correto, Voldemort estaria aqui em breve, se é que já não estava.

— O que é isso? — veio uma voz alta e arrogante. Sua mãe havia entrado na sala. Seus olhos prateados percorreram os ladrões e os três grifinórios antes de se fixarem em seu filho.

— Draco! — ela gritou de surpresa. Ela correu até ele, caindo de joelhos na frente dele. Draco se forçou a não reagir quando sua mãe segurou seu rosto com as mãos frias, enxugando seus cabelos despenteados e verificando se havia ferimentos. Seu coração doeu ao receber novamente tanto carinho maternal. Ele ansiava que ela o tomasse nos braços como costumava fazer quando ele era jovem. Ele desejava mais do que tudo que ela lhe dissesse que tudo ficaria bem. Como ela reagiria quando descobrisse a verdade?

— Por que meu filho está preso com esses prisioneiros? — Narcissa exigiu de Greyback. Seu pai e sua tia Bellatrix também entraram na sala. Eles pareceram surpresos ao vê-lo, mas observaram a cena com frieza e curiosidade.

— Ele estava com os outros quando os encontramos. Este é Potter. — Greyback apontou para Harry.

Narcisa olhou para Potter. Seu rosto ainda estava distorcido graças ao feitiço pungente de Hermione.

— Tem certeza? — ela disse, inspecionando-o.

— Esta é a sangue-ruim que estávamos procurando também. Amiga de Potter. Aquela que McNair disse que estava com Potter na casa de Lovegood. Com quem sabemos que seu filho fugiu em junho passado.

Os olhos cinzentos de sua mãe pousaram em Hermione. Antes que ele percebesse, sua mãe deu um tapa na cara de Hermione.

— Não! — ele gritou, lutando contra suas restrições.

— Como você ousa tirar meu filho da família dele? — Narcissa cuspiu violentamente.

— Cissy — veio a voz selvagem de Bellatrix. — Você esquece que Draco fugiu de suas responsabilidades e de suas promessas. Ele é um traidor.

— Como saberemos que Draco não planejou isso o tempo todo? Acompanhar Potter e seus amigos para ganhar a confiança deles. Talvez ele os tenha trazido até nós com informações para o Lorde das Trevas. Se isso for verdade, então ele é um herói e deve ser recompensado — Lucius falou lentamente do outro lado da sala.

O estômago de Draco apertou. Claramente, ele e seu pai agora tinham definições muito diferentes sobre o que tornava um herói.

Ele olhou para seu pai. À primeira vista, Lucius parecia tão orgulhoso e decidido como sempre, mas depois de um momento Draco percebeu sinais de cansaço no homem. Seu cabelo, embora ainda preso em seu estilo habitual, estava claramente ralo. Seus olhos estavam fundos e sua pele pálida, e ele se apoiava mais pesadamente em sua bengala do que Draco jamais tinha visto. E havia algo em seus olhos. Eles estavam um tanto vagos. Seja por meses de tortura ou por uma maldição imperiosa muito bem lançada, Lucius não estava lá.

Resistance | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora