20. Guerreira

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Hermione acordou uma manhã no final de abril e ouviu Draco resmungando com raiva. Ela se sentou, apertando os cobertores contra o peito.

Draco estava sentado perto da janela, balançando a varinha em frustração. Ele murmurou um feitiço e produziu algumas faíscas amarelas antes de xingar baixinho. Depois de mais algumas tentativas patéticas de feitiço, ele caiu para trás na cadeira bufando.

— O que está errado? — ela perguntou, sua voz rouca de sono.

Seus olhos a procuraram, como se estivessem surpresos ao vê-la ali. Ele balançou sua cabeça.

— Algo está errado com minha varinha. Desde que o recebi de Potter, não funcionou direito. É quase como... — ele parou, olhando para sua varinha como se ela o tivesse traído.

— Como o que? — ela perguntou.

Seus olhos encontraram os dela.

— Como se eu estivesse tentando usar a varinha de outra pessoa.

Hermione se levantou, vestindo um suéter grande.

— Sr. Olivaras está aqui. Talvez ele pudesse ajudar — sugeriu ela gentilmente. Ela vestiu o resto de suas roupas

— Sim, talvez — Draco murmurou, olhando miseravelmente para sua varinha.

— Vamos, vamos tomar café da manhã e depois podemos ver sua varinha, certo? — Pegou sua própria varinha e se dirigiu para a porta.

Com um suspiro, ele se levantou e guardou a varinha no bolso, seguindo-a porta afora e descendo as escadas.

— O que você fez com minha varinha, Potter? — Draco acusou enquanto eles se acomodavam à mesa.

— O que você quer dizer? — Harry perguntou defensivamente.

— Não está funcionando para mim desde que você a teve.

— Bem, eu não fiz nada — argumentou Harry, empurrando os ovos no prato. — Funcionou muito bem para mim.

— Você estava usando? — Draco ferveu.

— Eu não sabia que era sua — insistiu Harry. — Eu tinha um bolso cheio de varinhas. Experimentei todas e comecei a usar aquela que funcionou melhor para mim.

— Bem, você a quebrou. — Draco estalou.

— Você está sendo dramático — Hermione revirou os olhos. — Eu te disse, vamos conversar com Olivaras sobre isso depois do café da manhã. Tenho certeza de que é apenas psicológico.

— Ah, então há algo errado com meu cérebro agora?

Hermione olhou feio.

— Eu nunca disse isso. Não desconte suas frustrações em mim. — Ele era ranzinza e infantil quando as coisas não funcionavam para ele. Ela não o culpava por seu mau humor. Ela tinha certeza de que também ficaria mal-humorada se sua varinha não estivesse funcionando para ela.

Draco apenas zombou e comeu sua refeição.

O Sr. Olivaras, embora ainda optasse por ficar isolado em seu quarto, recuperou grande parte de suas forças. Sua prisão na Mansão Malfoy teve um impacto severo em sua saúde, mas ele estava muito melhor do que há um mês, e Bill mencionou que em breve o mudariam para a casa de tia Muriel até o final da guerra. Quando Hermione, com Draco e Harry a reboque, bateu hesitantemente na porta de seu quarto depois do café da manhã, o velho bruxo abriu a porta com um sorriso.

— Por favor, entrem — ele ofereceu, recuando para que os três pudessem entrar na sala.

Hermione ficou sentada em silêncio enquanto Draco explicava seus problemas com a varinha. Ele contou a Olivaras como Harry o desarmou e funcionou para Harry, mas não funciona corretamente para Draco agora que Harry o devolveu.

Resistance | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora