25. Morte

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Hermione segurou a mão de Draco com força enquanto todos os Weasley lhe agradeciam por salvar a vida de Fred. Apesar do horror que os rodeava, ela não conseguia evitar o contentamento que crescia dentro dela. Ela presumiu, dada a reação de Ron quando descobriu que ela estava saindo com Draco, que os Weasley nunca o aceitariam. Ela pensou que seus anos de férias na Toca e de ser considerada parte da família haviam acabado. Mas agora, ela se sentia esperançosa. Claro, eles não gostavam dele exatamente, mas ser grato era um excelente começo. Supondo que todos eles sobrevivessem à noite, talvez eles acabassem por aceitá-lo como a tinham.

Ela se virou para procurar Harry e sentiu seu contentamento desaparecer ao perceber a miséria que permeava o Salão Principal. Enquanto os Weasley comemoravam sua sobrevivência, outras famílias não tiveram a mesma sorte. Lupin ainda chorava pelo corpo de Tonk. Colin Creevey deve ter voltado para o castelo para lutar e estava morto ao lado de uma garota da Corvinal que Hermione reconheceu da aula de Herbologia do ano passado. Ela empurrou sua tristeza para o lugar onde guardava o desespero de perder seu bebê. Se ela sobrevivesse à guerra, ela finalmente iria lamentar a todos.

Harry não estava em lugar nenhum. Ela esticou o pescoço para olhar ao redor das dezenas de membros da Ordem e estudantes soldados do sétimo ano em busca de sua amiga de óculos.

— O que é? — perguntou Draco.

— Alguém viu Harry? — ela perguntou. Todos os Weasley apenas balançaram a cabeça, mas um lampejo de emoção passou pelo rosto de Draco que ela não conseguiu identificar. Sua boca se abriu e um som estrangulado escapou de sua garganta antes de fechá-la novamente.

— Eu... não, não o vi — Draco disse engasgado, habilmente virando o rosto para longe do dela.

Ele estava sendo estranho. Hermione o conhecia bem o suficiente para saber quando ele estava evitando um assunto.

— Draco...

— HARRY POTTER ESTÁ MORTO!

Foi como se o chão tivesse se aberto embaixo dela, fazendo-a cair em queda livre enquanto a voz fria fazia seu anúncio.

— Não — ela respirou com horror e descrença. Harry tinha que estar aqui em algum lugar. Ao seu redor, as pessoas olhavam umas para as outras, esperando que isso não fosse verdade – esperando ver o bruxo com cicatrizes ainda parado no meio delas.

Ele foi morto enquanto fugia, tentando se salvar enquanto vocês entregavam suas vidas por ele. Trazemos o corpo dele como prova de que seu herói se foi.

Hermione tentou pensar logicamente, forçando seu cérebro a trabalhar para superar as batidas de pânico de seu coração. Isso deve ser mentira. Harry nunca teria fugido. Voldemort deve ter um espião aqui, alguém lhe dizendo que Harry não estava no Salão Principal. Este foi um truque para atrair Harry para fora. Ele teria que se revelar para provar que não estava morto.

— A batalha está vencida. Você perdeu metade de seus lutadores. Meus Comensais da Morte são mais numerosos que você, e o Menino-Que-Sobreviveu está acabado. Não deve haver mais guerra. Qualquer pessoa que continue a resistir, homem, mulher ou criança, será massacrada, assim como todos os membros da sua família. Saia do castelo agora, ajoelhe-se diante de mim e você será poupado. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se juntarão a mim no novo mundo que construiremos juntos.

Os membros da Ordem, em sua confusão e descrença, se aglomeravam em direção à saída e desciam as escadas do hall de entrada em direção ao pátio. Hermione sentiu seus pés segui-los.

— Hermione, espere — Draco disse. Sua voz estava tremendo e quando ela se virou para encará-lo, seus olhos estavam cheios de terror.

— Temos que segui-los. Isso não pode ser verdade. Harry provavelmente está apenas... se escondendo... ou algo assim. Mesmo enquanto dizia isso, ela sentiu suas convicções vacilarem. Harry não era de se esconder, e o discurso de vitória de Voldemort parecia muito sincero.

Resistance | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora