17. Agonia

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Eles caíram no chão e os joelhos de Draco dobraram sob ele. Ele baixou Hermione suavemente até o chão. Ela estava pálida, terrivelmente pálida. Merlin, ela parecia morta.

O horror tomou conta dele. Ela não poderia estar. Ele pressionou os dedos em seu pescoço. Após um momento de busca, ele sentiu um pulso lento e fraco. Ela estava viva.

— Hermione, acorde — ele implorou, sacudindo-a suavemente.

Ron correu até eles.

— O que aconteceu? Por que ela está sangrando?

— Não sei. Não sei de onde vem — Draco disse em pânico.

Duas figuras corriam na direção deles pela praia. Ron se levantou para cumprimentá-los. O ruivo olhou para Draco com desdém, mas Ron apenas disse:

— Está tudo bem. Ele está conosco.

Foi o primeiro momento em que Ron demonstrou qualquer tipo de aceitação por Draco. Draco sentiu uma onda de gratidão por ele.

Ele reconheceu a bruxa loira como Fleur Delacour. Ele não tinha energia para tentar descobrir como ela acabou com um Weasley, não quando sua Hermione estava morrendo em seus braços. Fleur correu para examinar Hermione.

— Traga-a para dentro — ela insistiu com seu forte sotaque francês.

Draco a pegou e correu para dentro. Fleur os conduziu para um quarto e colocou Hermione na cama. Fleur começou a examinar Hermione.

— O que aconteceu com ela?

— Ela foi torturada. Maldição Cruciatus. — Draco respondeu. — Repetidamente. E um lustre caiu sobre ela.

Fleur olhou confusa para o sangue que se acumulou nas costas de suas roupas e ficou um pouco pálida.

— Por favor, me dê o quarto—, disse ela.

— O que é? — Draco perguntou.

— Ela está...? — Ron começou, incapaz de terminar o pensamento.

— Não, ela está apenas inconsciente. Por favor, deixe-me cuidar dela adequadamente, sem vocês dois pairando sobre mim. — Ela os empurrou para fora do quarto e fechou a porta com um clique.

Frustrado, Ron desceu as escadas. Draco ficou na porta do quarto de Hermione, esperando até que Fleur terminasse. Ele sabia que poderia levar horas até que pudesse vê-la, mas queria estar por perto no minuto em que Fleur saísse da sala. Alguns momentos depois, o ruivo subiu as escadas. Ele caminhou até Draco e estendeu a mão.

— Bill Weasley — ele apresentou.

— Draco Malfoy. — Draco segurou sua mão antes de perceber que ela estava coberta de sangue. Ele soltou Bill rapidamente. Ele olhou para baixo. O sangue de Hermione estava cobrindo sua camisa.

— Você está machucado? — Bill perguntou.

— Não — Draco balançou a cabeça, sua voz oscilando ligeiramente. — É... não é meu sangue.

Bill assentiu.

— Precisa de alguma coisa?

Draco balançou a cabeça.

— Você deveria descer. Tome uma xícara de chá e cuide desses cortes. — Bill sugeriu, apontando para o rosto e os braços de Draco.

Draco olhou para baixo. Ele não percebeu, mas estava coberto de pequenos cortes causados ​​pelos cacos do lustre.

— Estou bem. — Ele afirmou: — Vou ficar aqui.

— Pode demorar um pouco — comentou Bill.

— Eu vou ficar aqui — Draco repetiu com firmeza.

Resistance | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora