Aquele que Gwyn fica doente

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Quando ela abriu os olhos o quarto ainda estava escuro, apenas uma pequena fresta aberta da cortina, tentou tomar uma longa respiração, mas seu nariz parecia entupido, o mais leve engolir de saliva descia arranhando sua garganta

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Quando ela abriu os olhos o quarto ainda estava escuro, apenas uma pequena fresta aberta da cortina, tentou tomar uma longa respiração, mas seu nariz parecia entupido, o mais leve engolir de saliva descia arranhando sua garganta. 

Piscou a fim de afastar o mal estar e o cansaço, assim que se colocou sentada na imensa cama de casal sentiu um leve fisgar na cabeça. O ignorou, do mesmo jeito que ignorou a dor no corpo quando se colocou de pé a caminho do banheiro e também a palidez em seu rosto. Como se tivesse carregando pesos extras em seus braços e pernas, ela fez toda a sua higiene matinal.

Gwyn conseguiu ignorar tudo aquilo até passar pela porta da cozinha, quando o encontrou terminando de passar o café. Sua indisposição, foi notória no segundo que Azriel colocou seus olhos sobre si.

- Bom dia, meu amor - falou com um suave sorriso e a voz branda.

- Bom dia... - sua voz saiu arranhando e rouca, quase inexistente.

Com um levantar de sobrancelhas e dois passos ele estava mais perto dela.

- Eu disse que você estava ficando doente - pontuou calmamente puxando a cadeira para ela.

- Eu não estou... - sua garganta doeu - ...doente - um espirro.

- Gwyn, você precisa ir ao médico - diz suave colocando a mão na testa dela e depois pelo pescoço.

- Não preciso - engole pesadamente pela dor - estou bem.

- Pelo menos diga que não vai ao trabalho - se senta ao lado dela.

- Vou sim... - começa a tossir e tudo doe ainda mais - ... estou bem, isso vai passar daqui a pouco.

- Gwyn... - os olhos dele estão preocupados e a analisam.

- Não estou doente - reforça forçando o máximo que consegue sua voz.

- Já tem dois dias que você está tossindo e espirrando, fique em casa só hoje.

- Estou bem, Az - tenta levantar a postura e melhor a cara.

- Você está pálida, seus olhos parecem cansados, você não parece aguentar o peso do próprio braço...

- Estou bem - ela é o mais firme que consegue quando interrompe ele - e vou ao trabalho.

É analisada mais um vez durante alguns segundos.

- Tudo bem - balança a cabeça, sua voz é calma e sutil - se você se sente bem - levanta e começa a preparar o próprio café.

Ela o acompanha querendo chorar a cada engolida, sentindo seus olhos pesarem cada vez mais, um peso parece estar em cima dela, deixando tudo mais lento e sem ânimo. Como ela odiava ficar doente, toda essa sensação de desânimo, dor no corpo, esse gosto ruim na boca, tomar remédio, ficar deitada. 

Sob o olhar cuidadoso dele se arrumou mais descuidada que o normal, sem mais nenhuma insistência por parte de Azriel, eles entraram no carro, mas ao envés de virarem para a direta e seguirem o caminho da faculdade, ele pegou a esquerda.

AU| GWYNRIEL | CONTOSOnde histórias criam vida. Descubra agora