Algumas passagens da vida deles depois do fim da minha au principal, uma série de one-shots da vida e cotidiano de Azriel e Gwyn. Capítulos podem ler lidos individualmente e em qualquer ordem.
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Gwyn foi a primeira a passar pela porta, colocou a mão esquerda na parede e se apoiou retirando as sandálias. Azriel estava logo atrás, deixou a chave do carro ao lado da televisão e deixou o sapato no tapete perto da porta.
Nenhuma palavra foi dita enquanto ele seguia para o pequeno bar perto das portas de vidro do jardim e ela caminhava rumo à cozinha.
Azriel se serviu com meio copo de whisky duplo puro e se dirigiu para onde ela estava, encostou no batente da cozinha e observou ela colocando uma massa de macarrão na água fervendo. Respirou fundo e alto antes de perguntar.
- Por que está chateada?
- Não estou chateada - mexeu os ombros, não se virou para ele.
- Sei que está chateada - deu um gole em sua bebida e ela se limitou a virar o macarrão o escorredor.
A única coisa ouvida eram as respirações de ambos, ela voltando com a comida para a panela e colocando algumas poucas coisas. Azriel se sentou no pequeno banco elevado ao lado da ilha no centro da cozinha, estava de frente para as costas dela.
- Você vai querer? - perguntou sobre o ombro.
- Sim.
Gwyn pegou dois pratos um na frente dele e um para si, colocou a panela na bancada sobre um pano, se sentou na frente dele. Ele observava cada movimento que ela fazia enquanto colocava o macarrão dentro do prato, o rosto de ambos expressavam uma neutralidade incomum, o silêncio parecia preencher o espaço entre eles de maneira sufocante.
Ela não dirigiu o olhar a ele quando soltou o pegador na borda da panela e começou a enrolar a comida no garfo para levar à boca. Azriel começou a se servir logo em seguida, divida o olhar entre o próprio prato e ela, nenhuma vez os olhares se encontraram e o silêncio crescia.
O encostar do garfo no prato ecoava na cozinha, o vento assobiava pela janela aberta, as árvores faziam barulho ao balançar, o tique-taque do relógio marcava o passar vagaroso do tempo. As respirações deles começaram a se sincronizar, ambos imóvel sobre a cadeira, inevitavelmente os olhos dela encontraram os dele.
- Qual é o problema? - ele quebrou a quietude.
- Já disse que não tenho nenhum problema - voltou o olhar para o prato.
Assim que acabou de comer Gwyn deixou o prato dentro da pia, passou pela porta saindo da cozinha ele a seguiu e pararam no meio da sala, a alguns passos o sofá do outro lado a varada dos fundos, as cortinas abertas deixavam a luz das lâmpadas do jardim entrar, a lua brilhava cheia, as lâmpadas acesas dentro de casa deixavam tudo mais claro, ela ameaçou voltar a andar e Azriel passou por ela entrando em sua frente, ficaram ali parados, ambos descalços, os pés contra o piso frio, ainda vestindo as roupas formas, ela com um vestido longo verde claro e ele de terno.
- Me dê licença - pede sua voz com o mesmo tom desde o início, baixa e calma.
