Lei de Murphy

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LINESAHH NA ÁREA 🌺⭐️

Sim, fic novaaaaaaa, obrigada e de nada~

Vamos lá, tenho umas coisinhas SUPER IMPORTANTES pra falar aq então não pulem, por favor:

Greaser será diferente de todas as fanfics que eu e a Sahh já fizemos, uma pegada totalmente nova pro nosso "perfil santinho". Vou ser bem direta: é uma fanfic INTENSA, não há outra forma de descrever. Peço que leiam os avisos com atenção, serão abordado temas bem sensíveis, tais como preconceito e homofobia (anos 60, então neh). Vcs sentirão um borbulhão de emoções lendo isso, tanto leves quanto fortes, e não estou usando nenhum tipo de eufemismo. Só posso dizer que será uma leitura apaixonante. Esperamos que gostem :3

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Greaser

por Linesahh

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Midoriya Izuku tinha mil coisas para fazer naquele dia, mas fruía da conspícua impressão de que não conseguiria resolver nem metade delas.

Embora nunca tivesse depositado muita crença em citações de personalidades marcantes, havia uma que podia afirmar com toda convicção ser a mais pura verdade; ao menos se fosse usar a si mesmo como paradigma.

"Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível". De alguma forma cruel, a principal Lei de Murphy sempre estivera muito presente em seus vinte e um anos de vida. Agora, contradizendo de leve algumas interpretações acima de seu significado, não sabia se a culpa cabia ao universo ou à sua própria negligência. Talvez ambos.

A bicicleta fazia um ruído estranho a cada pedalada brusca, mas não podia dar-se um descanso: estava muito atrasado. Normalmente, se considerava uma pessoa com sorte média; às vezes a balança oscilava, no entanto, com os dois pesos indo direto para o buraco.

Sim. Uma reação deveras improvável considerando que falavam de "balanças", mas, na concepção de Midoriya, sua sorte funcionava exatamente assim: quando não jazia estável, caía numa ruína catastrófica. Nunca acima da média.

Quer saber? Devia mandar logo a real. Era um azarado.

Puxou o ar repetidas vezes, as lufadas de vento que chocavam contra seu rosto vinham quentes e levemente empoeiradas; pudera, já havia deixado a alameda há uns dois quilômetros. As pernas doíam pela falta de prática, mas ainda faltava um bom tanto de caminho. Se estivesse com o carro...

É exatamente por isso que está indo até lá, idiota, censurou-se antes de soltar um longo suspiro. Aquela porcaria ter quebrado justamente no dia atual foi um golpe decididamente fatal para seus planos. No íntimo, já esperava que algo assim ocorresse mais cedo ou mais tarde — daí a negligência —, mas bem que podia ter sido ontem, né? Só o usou para ir ao correio e mais nada. Hoje era diferente, havia uma lista de coisas para fazer e o carro adiantaria 80% delas. Não era dia de ir atrás de conserto.

Mas precisava ver isso o quanto antes.

Ah, lei maldita...

Para sua sorte — nem tão sortuda assim —, não havia se desfeito da velha bicicleta que usou durante boa parte da adolescência. Já devia tê-la jogado fora há um ano, mas deixou o serviço para segundo plano, o que acabou por mostrar que a irresponsabilidade, por vezes, poderia provar-se uma dádiva. Todavia, o estado dela não era dos melhores — rígida, enferrujada pelo tanto de chuva que pegou naquele depósito gotejante e a corrente dos pedais soltava-se com frequência, obrigando-o a dar algumas pausas no caminho. Num timing irônico, a bendita soltou.

Greaser | BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora