Capítulo 17

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Bloqueio criativo é uma merda, sério. Desculpa pela demora enorme, de verdade sinto muito.

Bem, ai o capítulo, não está como eu queria e nem passou tudo o que eu queria mas eu precisava postar.

Boa leitura, bjs

Pov Dinah

Eu passei anos da minha vida morando na mansão Jauregui, meu tio é melhor amigo e funcionário de Gordon a anos e eu era a neta postiça dele. Gordon pagou cursos e escolas caras para que eu realizasse meu sonho de me tornar biomédica. Fui a primeira a perceber os sintomas do Alzheimer, eu estava no último semestre da faculdade quando veio o diagnóstico oficial feito pelo médico da família Jauregui. Veio o desaparecimento de Lauren, a briga com Mike, tudo desandou. Matias queria colocar o pai em um asilo, mas eu tranquei minha faculdade para virar sua cuidadora já que Matias não iria pagar alguém para faze-lo, minha relação com Gordon deixou de ser entre neta postiça e avô postiço para enfermeira e paciente. E isso me quebrou.

Matias nunca foi um filho presente, e muito menos um bom filho. Minha relação com ele sempre foi uma grande confusão, ele querendo enfiar Gordon em um asilo e eu impedindo, eu não queria que o resto da vida de Gordon fosse dentro de um asilo, sozinho. O Matias querendo por as mãos na riqueza não é surpresa, mas achei que ele tinha desistido disso a anos, o testamento não pode ser mudado por ninguém além de Gordon, e ele hoje não está em suas faculdades mentais, ou seja, não pode mudar nada no testamento.

- Esse idiota não entende que sem um laudo médico afirmando que Gordon está bem mentalmente para mudar o testamento ele não consegue mudar nada?! - Já sai do meu carro esbravejando, tio Otto me esperava no meio da escadaria que leva a porta da mansão.

- Dinah, se acalme menina! Sem discussões com ele. - Otto tenta me acalmar mas é inútil, esse homem acaba com toda a minha paciência e não é de hoje.

Abri as portas com um único empurrão e andei até a biblioteca onde provavelmente Matias estava junto de Gordon. Otto logo atrás de mim falando baixinho para que eu não arrumasse problemas. Eu só iria arrumar confusão se aquele imbecil estiver tentando meter coisas na cabeça de Gordon. Quando cheguei no corredor onde ficava a biblioteca respirei fundo e caminhei até a porta da mesma, a abrindo com calma diferentemente do que fiz com as portas da frente. A porta dupla de madeira se abriu e vi Matias com seu terno de executivo ao lado da cadeira de rodas de Gordon que sorria para ele genuinamente, mesmo Matias sendo um péssimo filho Gordon gostava dele, porque na cabeça de Gordon ele foi o único filho que não lhe abandonou.

No canto, sentado no sofá de couro marrom escuro estava o advogado de Matias, sua pasta estava ao seu lado no sofá. Meu olhar, o de Gordon e Matias se encontraram, Gordon só sorriu e me deu um tchauzinho, Matias e o advogado me olharam com olhares péssimos.

- O que você está fazendo aqui? - Não estava muito bem para fingir simpatia com ele, o sorriso presunçoso no rosto dele me irritava.

- Ora Dinah, eu vim visitar meu querido pai. - Com a mão direita da batidinhas no ombro de Gordon que sorriu. - Não é você que diz que sou ausente?

- O que é verdade, agora diga o que quer.

- Eu liguei para o médico do meu pai na semana passada, e ele me falou que meu pai está bem melhor, que seus lapsos de memória estavam diminuindo. Então pensei que seria uma boa oportunidade para fazer as mudanças nos papéis do testamento. - seu tom de voz era calmo e amistoso, parecia feliz com a situação.

Respirei fundo e passei minha mão direita pelo rosto, procurando paciência em algum lugar dentro de mim, mas parecia algo impossível de se fazer.

- O que diabos quer mudar no testamento?! E você sabe bem que não pode mudar nada com ele nesse estado, e sem o laudo médico.

Ele riu um pouco e caminhou em minha direção devagar.

- O laudo não é problema, eu mesmo vou acompanhar meu pai em uma avaliação em um ótimo médico. E você sabe muito bem, não há razão para que o nome da garota morta permaneça no testamento.

Garota morta...

Esse é a maneira na qual ele fala sobre a sobrinha, o quão podre ele é? Isso tudo por dinheiro? De certo que a Lauren ficou com grande parte da herança em seu nome, mas a parte do Matias é enorme também, logo que Michael negou a herança e pediu para colocar metade para Lauren e o resto para o nome do irmão, nunca entendi essa necessidade de tanto dinheiro que Matias tinha.

- Garota morta? É assim que fala da Lauren? E como tem coragem de ser tão -

- Faça-me o favor garota, minha sobrinha está morta, já se passou mais de 10 anos. Só um idiota para acreditar que ela ainda está viva em algum lugar depois de tanto tempo. A parte dela vai para meu nome, é o certo, e o Papai já concordou com isso.

Olhei para Gordon espantada.

- O que foi menina? Por que está tão preocupada com isso? Você tem sorte que eu não posso mexer na parte que você tem no testamento, você que se quer é da família.

- Cale sua boca, desgraçado!

******************
Apartamento da S/n
Dia seguinte

- Camila! você é pior que criança! - Camila passou correndo pela sala com os chinelos pretos de S/n, essa que vinha andando irritada logo atrás. A manhã mal tinha começado e Camila já estava incomodando a editora. Lauren ria muito da situação sentada no sofá, comendo uma barrinha de proteína enquanto assistia sua amada correndo atrás da amiga.

- Camila...

A Cabello estava próximo a porta de entrada do apartamento, S/n na outra extremidade da sala, entre elas o sofá onde uma Lauren dividia sua atenção entre as duas mulheres em pé enquanto comia sua barrinha de proteína. Aquilo parecia um cenário perfeito de um filme de faroeste, Camila e S/n se encarando a distância em silêncio com olhares mortais em suas faces.

- Camila, por favor... Me devolve a POR...CARIA DO MEU CHINELO!

S/n não falaria palavrões perto de Lauren porque sabia que a de olhos verdes não gostava. Ela respirou algumas vezes porque não queria bater em camila, ou jogá-la pela janela mais próxima. A latina sabia que a amiga já estava irritada e que voaria no seu pescoço na primeira oportunidade que tivesse se o chinelo não fosse devolvido.

- Ah, como posso dizer isso? Não! - Camila não teve nem tempo para se mover e S/n já estava vindo com tudo em sua direção, quando percebeu um braço já estava lhe agarrando.

- Peguei você! Agora devolve. - Os braços de S/n agarraram firme na cintura de Camila para impedir a fulga.

- Sai de cima de mim, não vou dar nada! Lauren me ajuda. -Camila olhou para o sofá na Lauren não estava lá.

- Ué, cadê a Lauren?

S/n soltou Camila - não sem antes pegar seus chinelos - e olhou ao redor e Lauren não estava na sala, mas a garota logo aparece no campo de visão das mulheres com o celular de S/n, ela escutou ele tocar e foi buscar o aparelho no quarto que dividia com a editora.

- É a Dinah, ela quer falar com você, S/a.

S/n estreitou os olhos, Dinah logo cedo querendo falar? Ela sentia que alguma coisa tinha acontecido. Pegou o celular da mão de Lauren e agradeceu pela mais nova ter ido buscar o aparelho com um selinho, colocou o celular no ouvido, a chamada já estava atendida.

- Alô, Dinah?

- S/n! Eu acho que fiz uma besteira muito grande.

Perdão por qualquer erro e mais uma vez perdão pela demora, bjs Lovers.

The Little Cat - Lauren/youOnde histórias criam vida. Descubra agora