Capítulo 207 :

1.4K 80 18
                                    


Juliette: Amiga! — Juliette disse me abraçando. — Feliz Natal, ne?

Carla: Sua vagaba, me abandonou completamente. Sinto sua falta!

Juliette: Manhosa — ela disse intensificando o meu abraço. — Deixe de ser exagerada, Carlinha. Nos falamos todos os dias.

Carla: Nossa... Agora é eu quem sou a exagerada. Antigamente, você me visitava todos os dias no restaurante.

Juliette: Sim, eu admito! Eu queria apenas um pretexto para encontrar o Felipe — ele sorriu para nós parecendo estar envergonhado.

Carla: Felipe! Está um... — olhei para o Arthur que franziu o cenho esperando eu completar a frase.

Juliette: Um gato! — Juliette disse toda orgulhosa. Felipe corou e suas covinhas nas bochechas sobressaíram quando deu um sorriso tímido.

Felipe: Feliz natal, Carlinha — apertou a minha mão e eu o puxei para um abraço.

Carla: Feliz natal, Felipe.

Arthur: Você bebe Felipe? — Arthur perguntou. — Quer me acompanhar em uma dose de uísque?

Felipe: Sim, aceito — ele acompanhou o Arthur até o bar.

Rodolffo e Sofia antes de Juliette e Felipe entrarem, foram para a varanda e sentaram-se na mesma cadeira que eu e Arthur estávamos há poucos minutos atrás. Um sorriso malévolo surgiu em meus lábios. Se aquela cadeira falasse...

Juliette: Cadê o Rodolffo? — Juliette perguntou, olhei para a varanda e indiquei com a cabeça.

Carla: Ele e Sofia estão na varanda. Vamos falar com eles?

Juliette: Sim, vamos — antes ela olhou para o bar, onde Arthur e Felipe conversavam meio sem jeito um com o outro. — Rodolffo... — Juliette disse quando entramos na varanda.

Rodolffo: Oi Juliette! — Sofia saiu do colo dele e ficou de pé.

Juliette: Oi Sofia. Tudo bom?

Sofia: Tudo ótimo! Feliz natal.

Juliette: Ah, obrigada! Feliz natal para vocês dois também. Posso dar um abraço em meu amigo? — Juliette perguntou.

Sofia: Está pedindo permissão a mim? — Sofia disse colocando as mãos na cintura.

Juliette: Estou.

Sofia: Ele é todo seu — ela disse sorrindo

Juliette: "Peruca"... Por que você não deixou ninguém te visitar no hospital? — Juliette o abraçou com carinho e perguntou baixinho.

Rodolffo: Eu estava todo ferrado, e não queria compartilhar a minha desgraça. E sem a minha peruca. — Disse se referindo ao cabelo, Juliette sorriu.

Juliette: Entendo. Mas agora você está bem, não é?

Rodolffo: Digamos que, estou 70% recuperado. Ainda não voltei a dirigir, mas tenho um motorista que me leva onde eu quiser. Isso facilita a minha locomoção — ela olhou meio sem jeito para a perna dele e ficou impressionada com a extensão das cicatrizes.

Juliette: Oh, meu Deus! — fechou os olhos e o abraçou de novo.

Rodolffo: Fique calma, já passou. Isso aqui não é nada Juliette — ela assentiu e se afastou dele. — Quem fez isso já está sentada no colo do "capiroto" — Rodolffo disse e levantou com calma da cadeira.

Juliette: É eu soube o que aconteceu. Aquela louca quase acabou com a vida da minha amiga — Juliette disse a ele.

Rodolffo: Quase, mas acabou levando um jato mortal e um tiro certeiro no crânio — Ele e seu jeitão de levar tudo na brincadeira.

Carla: Graças a Deus, tudo isso acabou — falei acalmando a Juliette.

Rodolffo: Bom, eu e Sofia vamos para o quarto — abraçou a Sofia e beijou a testa dela. — Vamos princesa? — ela aquiesceu toda derretida.

Juliette: Tchau! — Juliette disse a eles.

— Tchau — responderam em uníssono. Ficamos a sós na varanda.

Carla: Juliette fico feliz em ver você e Felipe juntos.

Juliette: Carlinha nós ainda não conversamos nada direito... Ele apenas aceitou o convite de me acompanhar até a casa de meus pais — ela respirou e fechou os olhos. — Ele é muito difícil de ser persuadido, mas estou conseguindo provar a ele o quanto eu o amo.

Carla: Que bom minha amiga. Eu quero vê-la feliz. O Alex está investindo na formação dele. Ele acredita no potencial e dedicação do Felipe. Estamos montando uma equipe de administradores para administrarem as franquias que estamos comercializando e, o Felipe a partir do primeiro semestre do próximo ano começará a trabalhar para a nossa nova empresa.

Juliette: Fiquei interessada nesse projeto, estive pensando em comprar duas franquias para refazer a minha vida — Juliette disse.

Carla: Refazer? — perguntei um pouco sem entender.

Juliette: Sim. Eu não quero mais depender do dinheiro dos meus pais. Meu pai só sabe me criticar, não me apoia em nada. Cortou as minhas despesas e disse que não irá me ajudar.

Carla: Juliette, realmente já está na hora de crescer. Você tem o meu apoio em qualquer decisão que tomar. E, saiba que sempre poderá contar com minha ajuda — ela sorri e fala:

Juliette: Você acha que se eu tornar-me dona de duas franquias de restaurantes populares conseguirei manter a minha classe social? — perguntou em um tom de desespero.

Carla: Acho que sim. As lojas serão em pontos estratégicos e de grande movimento. Você não ficará rica igual a seus pais, mas viverá muito bem.

Juliette: Vocês vendem fiado? — ela pergunta sorrindo.

Carla: Olha... — fitei os seus olhos. — Financia pelo banco parte dos custos para as montagens de toda a estrutura e aos poucos você vai liquidando o valor que restar. Combinado?

Juliette: Carlinha, você não existe. Eu te amo "vassorinha".

Carla: Eu também te amo "toco de amarrar burro"

Juliette: "Anã da branca de neve" e...

Carla: Tá bom, chega... Espanador de pó — nos abraçamos com carinho.

Sempre nos entendemos. Juliette brincou de ser adolescente por muitos anos, e mesmo o Felipe sendo nove anos mais jovem que ela, conseguiu não sei como, mostrar-lhe que nem tudo nessa vida vem com facilidade. Eu gostei dessa nova Juliette, ela está mudando sem perder a sua essência.

Comentem

Minha Tentação Cont 🎯Onde histórias criam vida. Descubra agora