Capítulo 218

952 81 24
                                    


Mateo me ajudou a caminhar sobre a grama úmida até o tapete vermelho que terminava ao pequeno altar sob a tenda branca de seda. Uma melodia diferente da que eu havia escolhido invadiu todo o ambiente sendo tocada em um piano, "All Of Me - John Legend". Senti um arrepio percorrer todo o meu corpo e os meus olhos me traíram e as minhas lágrimas ficaram incessantes.

Mateo me olhou e sorriu. Sorrio de volta para ele que me disse com o seu português cru:

Mateo: Chore, mas sorria também — assenti ainda sorrindo e chorando.

Era fim de tarde e o sol ainda brilhava, as árvores e o vento tornavam o ambiente arejado e claro. Fechei os olhos quando os reflexos do sol atingiram os meus olhos dilatando minhas pupilas. Quando os abri, encontrei os olhos ansiosos e ainda mais brilhantes do Arthur fixos aos meus, ele estava com um sorriso lindo nos lábios. Meu sorriso abriu-se ainda mais ao ver o quanto ele estava feliz. Ele fez um sinal com a mão direita me chamando e eu consegui escutá-lo dizendo baixinho:

Arthur: Vem... Vem meu amor. — Todos olharam em minha direção e riram alegremente.

Mateo me conduzia em um ritmo lento, ele estava tão lento que eu apressei os passos fazendo-o liberar uma gargalhada.
Eu e Arthur sustentamos os nossos olhares, ele balançou a cabeça quando apressei os passos, desceu do pequeno altar e veio lentamente caminhando em minha direção. Aproximou-se e parou de frente para mim e Mateo.

Arthur:  Agora é comigo — Arthur disse para o Mateo. Os dois apertaram as mãos e Mateo entregou-me a ele. — Vamos? — balancei a cabeça emocionada. — Não chore Loirinha ou vou acabar chorando na frente de todos.
Segurou a minha mão e disse: — Quer que eu te carregue no colo? Ou vamos correndo? — Eu não conseguia falar, estava muito feliz e emocionada.

Olhei para os nossos amigos, Sofia e Rodolffo ao lado do altar, Alex e Juliette de braços dados do lado oposto ao deles, todos vestidos com roupas brancas e sorrindo.
Retornei os meus olhos para o meu príncipe que me surpreendeu erguendo-me em seu colo.

Arthur: Vamos! — encostei a minha cabeça em seu peito.

Segurei o buquê para não cair e envolvi o seu pescoço. Ele caminhou rápido até o altar, sorria alegre. Escutei os aplausos dos nossos convidados.

Rodolffo: Traz ela a força, mano! — escutei Rodolffo gritando para o Arthur entre assobios e aplausos.

Arthur beijou os meus lábios e me colocou diante do altar. Juliette segurou o meu buquê e deu uma piscadela para mim.
Quando o padre que também era juiz de paz, iniciou a cerimônia a música que o pianista tocava diminuiu, e a voz dele sobressaiu. Suas palavras deixaram todos emocionados, minha mãe e Mateo choravam e sorriam para mim. Beatriz segurava a mão do seu José que estava de óculos escuros sentado ao seu lado, Vivi estava sentada ao lado deles vestida com o vestido azul claro e de cabelos modelados segurando um lenço que usava para secar as lágrimas.

Padre: Arthur Louzada Picoli,, você aceita a Carla Carolina Moreira Diaz, como sua legítima esposa, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe?

Arthur: Sim — respondeu e segurou a minha mão esquerda.

Padre: Repita junto comigo — o padre pediu, mas o Arthur quebrou o protocolo falando da maneira dele.

Arthur: Eu, Arthur Louzada Picoli,, prometo fazer você feliz até além da eternidade — o padre olhou para ele contrariado e sorriu balançando a cabeça. — Eu te amarei para sempre... Minha loirinha — deslizou a aliança em meu dedo esquerdo. Minhas mãos tremiam e meus olhos estavam fixos aos dele.

O padre repetiu as mesmas palavras para mim.

Carla: Sim — respondi. — Eu, Carla Carolina Moreira Diaz, prometo fazê-lo feliz todos os dias de nossas vidas, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza e até além da eternidade — deslizei a aliança em seu dedo longo.

Minha voz saiu trêmula e eu gaguejei várias vezes, mas no final, tudo deu certo. Agora somos duas almas ligadas a um único amor. O nosso amor.

Assinamos um livro grande que estava fixado em uma mesa pequena em cima do pequeno altar, neste livro tinham as certidões de casamento.

Padre: Carla Carolina Diaz Picoli  e Arthur Louzada Picoli — o padre juiz disse em voz alta olhando para nós dois. — O que Deus uniu, homem nenhum separa. Eu os declaro marido e mulher.

Arthur segurou-me pela cintura e fitou-me nos olhos. Eu os fechei para livrar-me das lágrimas. Ele encostou os lábios nos meus e suspirou...

Arthur: Minha — sussurrou contra os meus lábios.

Carla: Sua — murmurei em seus lábios.

Sua língua invadiu a minha boca e ele me tomou em um beijo apaixonado. Sempre conduzindo, possessivo até na hora do "Pode beijar a noiva".

Comentem

Minha Tentação Cont 🎯Onde histórias criam vida. Descubra agora