Capítulo 208 :

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Estou ansiosa, não consigo dormir, estou fitando o teto à hora e nada do meu tão sonhado sono chegar. Sono meu amor, eu preciso de você. Vou me casar amanhã, serei mais precisa. Amanhã às 16h da tarde. Preciso descansar!

Estou balançando a minha perna repetidamente, se eu não estivesse grávida apelaria para um dos calmantes que o meu psiquiatra me recomendou, mas o Arthur teria um filho pela boca se eu fizesse o uso do comprimido mágico. Oh, Deus me ajude vai!

Estamos em um dos quartos da mansão em Angra dos Reis dos pais do Arthur. A maioria de nossos convidados está acomodada e dormindo. E, eu aqui olhando para o teto ouvindo um leve barulhinho nada irritante do ronco do Arthur.

Carla: Quero dormir! — murmuro baixinho. — Amor... Estou com insônia. — Insônia... Hum... Me fez lembrar de sonho. Sonho, sonho, sonho. Minha boca salivou, consegui sentir o sabor do doce de leite. — Arthur...

Arthur: Oi...Carla.

Carla: Está dormindo?

Arthur: Estava sonhando.

Carla: Eu quero sonho.

Arthur: Fecha os olhos e tente dormir. O sonho virá logo depois.

Carla: Amor, eu quero sonho de comer e não de sonhar — ele se mexeu e elevou a cabeça para me olhar.

Arthur: Existe sonho para comer? — perguntou esfregando os dedos sobre os olhos.

Carla: É um pão açucarado com recheio de doce de leite. Em qualquer padaria tem sonhos — ele sentou exasperado na cama e disse:

Arthur: Isso é um desejo?

Carla: Acho que sim, e só de imaginar a minha boca se enche de água.

Ele pega o celular que estava debaixo do meu travesseiro e olha para a tela. Coçou a cabeça e levantou da cama.

Arthur: Ainda é cedo. Talvez eu encontre o seu sonho em uma padaria do centro da cidade.

Carla: Amor... Quero uns cinco — ele balança a cabeça assentindo, abaixa em minha direção e deixa um beijo casto em meus lábios.

Não sei o quanto ele demorou até encontrar o sonho, meu sono chegou em menos de dez minutos. Acordei com um barulho no banheiro do quarto que estávamos.

Carla: Trouxe os sonhos? — levantei-me da cama e parei na porta do banheiro. Ele lavou as mãos calmamente e me olhou com os olhos cerrados de sono. Tadinho! Secou as mãos na toalha pendurada ao lado da pia, segurou a minha mão e me guiou de volta ao quarto.

Arthur: Estão aqui — mostrou apontando uma bandeja com vários sonhos, água e suco de maracujá.

Carla: Ai... Meu amor, eu te amo. Obrigada! — o abracei e beijei o seu peito.

Arthur: O que eu não faço por você? Esperei o padeiro noturno terminar de prepará-los. Comprei vários, essa merda de sonho é bom demais — disse-me sorrindo. — Agora coma logo isso, eu ainda pretendo dormir.

Sentei sobre a cama. Ele colocou a bandeja sobre o meu colo e me desejou boa noite e boa sorte.

Arthur: Não se esqueça de tomar o remédio para enjoos. Depois de comer tudo isso... Sei não, acho que terminará no banheiro — ele disse retirando toda a roupa e deitando sobre a cama. Não demorou nada, ele dormiu igual a uma pedra e roncou baixinho. Sim, ele resfolega sutilmente, não deixa de ser um ronco.

Devorei todos os sonhos, igual a uma esfomeada, ainda bem que o Arthur dormiu, ou ele ficaria assustado com a minha gula e falta de educação. Bebi tanto a água quanto o suco. Quando terminei, escovei os dentes e deitei novamente.

Carla: Hum... Bacana! — corri para o vaso.

Dessa vez eu encarei tudo com um sorriso torto nos lábios. Não xinguei ninguém e até mesmo a vaca da Eva foi poupada. Sim, por que aquela safada é culpada por tudo que nós mulheres passamos. Segundo a minha mãe, Eva é culpada por sentirmos cólicas, por sentirmos dores durante o parto e certamente pelos os enjoos e mau humor também. Estou botando tudo na conta dela. Pecadora dos infernos!

Arthur: Carlinha, acorda. Já passa do meio-dia.

Carla: Ah, me deixa dormir.

Arthur: Você disse que queria ir à praia e passear de lancha.

Carla: Eu disse? — ele retira o edredom que eu estava coberta e me pega no colo. Pareço uma boneca de pano, estou com tanto sono que nem me importo.

Arthur: Vou dar um banho em você, precisa despertar. Hoje é o nosso casamento — caminhou carregando-me em seus braços até o banheiro, ligou a ducha e disse: — abra os olhos Carla. Se não abrir, colocarei você sob essa água gelada.

Carla: Você não seria capaz. Seu filho... — pensei em xingá-lo mais a água não estava fria, estava morninha.

Arthur: Eu sou capaz — colocou-me no chão e me ajudou a retirar a camisola. — Hoje é o nosso dia, feiticeira.

Carla: E, eu estou pronta para ser sua.

Arthur: Sim, eu sei. Eu quero vê-la caminhando naquela grama, com os seus cabelos loiros exalando o cheiro delicioso de morango. Eu fiquei viciado nesse cheiro desde o dia que nos conhecemos, quando retirou o seu chapéu de chefe e balançou para mostrar-me que não era preto. Esse cheiro — ele enterra o nariz em meus cabelos. — Invadiu a minha corrente sanguínea me deixando inebriado.

Carla: Arthur, você me surpreende com suas palavras. Sempre profundo.

Arthur: É o efeito que você me causa.

Carla: Seus olhos prenderam a minha atenção — eu disse ajudando ele a descer a boxer — Depois eu gamei em seu nariz — ele fez uma careta.

Arthur: Meu nariz?

Carla: Sim, meu amor. Eu sou gamada nesse nariz. — fiquei na ponta dos pés e beijei o nariz dele. — Ele me mexe quando você fala.

Arthur: Ele tem vida própria. — Sorrimos — Eu quis comer você desde o instante que os nossos olhares se encontraram.

Carla: Arthur!

Arthur: Quando deixei o restaurante, jurei que voltaria mais vezes. Mas, o destino... Ah, o destino, esse sim foi o nosso amigo. Ele nos uniu de tal maneira que me deixou dependente da sua alma — encostou a testa na minha e fechou os olhos. — Você já era minha, sempre foi. O destino estava perdido, procurando por nós dois, e quando nos encontrou, uniu as nossas vidas de uma vez — limpou as lágrimas que escorriam pelo o meu rosto. — Eu prometo amar você além dessa vida. Eu quero a eternidade ao seu lado.

Carla: Obrigada destino — eu disse sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

Arthur: Palmas para esse cara! O destino é foda! — disse gargalhando e me puxou para debaixo da ducha. — Hoje você é toda minha. Não quero saber de dia da noiva e do noivo. Isso é uma palhaçada!

Carla: Amor, eu já fiz tudo o que uma noiva precisa. Depilei, fiz as unhas, hidratação e esfoliação em todo o corpo... Na hora do "Sim" basta o vestido e os acessórios — eu balancei a cabeça e ele sorriu. — Somos estranhos? — perguntei.

Arthur: Sim! — ele responde e sorrimos. — Carla, você colocou as nossas roupas juntas no mesmo cabide. Foi impossível não ver o seu vestido. Ainda bem que eu não acredito nessas palhaçadas de superstição e sorte.

Carla: Gostou do que viu?

Arthur: Lindo! Você ficará linda — segurou-me pela cintura e esfregou o seu pênis semi- ereto em meu abdômen. Segurei sua bunda perfeita forçando o pênis dele ainda mais contra o meu corpo. — Comer a noiva antes da noite de núpcias traz sorte. Sabia? Quero foder essa sua bundinha, sua boquinha e sua vagina gostosa — pegou-me no colo apenas com um dos braços, contornei as minhas pernas em seu quadril. Ele segurou o membro e o masturbou, esfregou em meu ânus e clitóris.

Beijamo-nos como se não houvesse amanhã, nos amamos como se quiséssemos fundir as nossas almas ainda mais.

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