Capítulo 228 :

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CARLA

Arthur: Cuidou da nossa rainha e da nossa princesinha? — ele pergunta ao João Miguel.

João Miguel: Cuidei, mas a mamãe está muito chata e estressada — João Miguel responde dando gargalhadas em resposta às cócegas que o Arthur fazia em sua barriguinha.

Passo por eles e vou direto para a minha cozinha. A idade só fez bem a ele, hoje ele está com os seus quarenta anos e continua um gato, só que agora um gato de meia idade que ganhou alguns fios de cabelos grisalhos que lhe caíram muito bem. O seu corpo modificou-se pouca coisa, ele ganhou uns quilinhos que contribuíram deixando os seus braços mais fortes e pernas mais grossas, já que ele treina pelo menos três vezes durante a semana. E, eu morro de ciúmes!

Maria Clara: Mamãe! — Maria entrou na cozinha segurando uma caixa delicada cor de rosa. — Olha o que o papai trouxe para mim. —  Ajudei-a a abrir a caixa, ela deu um gritinho estridente quando viu o presente.

Carla: Um conjunto de xícaras da realeza! — falo retirando as xícaras e pires de dentro da caixinha.

Maria Clara: Mãe eu amei! O meu pai é um fofinho.

Carla: Sim, ele é um fofo! — Fofo que vai...

Arthur: Oi — a voz rouca dele invade a cozinha.

Maria Clara: Papai... Adorei o joguinho de xícaras — Ela se pendurou nele e ele a pega no colo.

Arthur: Papai ama você, princesa. Vai mostrar o seu presente ao seu irmão e para o tio Rodolffo. — ele beija a cabeça dela e a coloca no chão. Entrego a caixa a ela, e ela evapora para a sala.

Maria Clara: Titio... — consegui escutá-la gritando o tio que a trata como se fosse uma boneca de porcelana.

Disfarço e finjo que estou limpando a mesa que ainda está posta com o café da manhã. Viro-me de costas para ele. Ai... Como estou sendo infantil.

Arthur: Loirinha... — ele se aproxima e me abraça por trás. Meu corpo traidor me entrega e eu estremeço quando cola ainda mais os nossos corpos. — Ei... O que houve? Não sentiu a minha falta? — fico em silêncio tentando recobrar o meu controle, a respiração dele queimou a pele do meu ombro quando aproximou os lábios ao meu ouvido.

Virou-me de frente para ele. Fechei os olhos. Sim, eu estou chorando.

Arthur: O que você tem? Abra os olhos! — abri lentamente os meus olhos e... Merda! Ele precisava olhar para mim desse jeito. Seus olhos estavam mais claros do que nunca, suas pupilas estavam em um tom mais verde. — Que saudade — disse acariciando o meu rosto com o polegar. Puxou-me ainda mais pela cintura e tocou com os lábios o meu pescoço. — Eu te amo tanto... Quatro dias longe de você foi padecer no inferno — mordiscou o lóbulo da minha orelha. — Sua boquinha, seus olhos... Essa bunda gostosa e redonda não saiu da minha cabeça.

Não pediu licença, invadiu como sempre a minha boca com a sua língua exploradora, mordeu os meus lábios e Sugou a minha língua. Grunhiu segurando-me pela cintura e pela bunda. Desgrudou os nossos lábios e fitou-me com o olhar cerrado.

Arthur: Está chateada comigo? — franziu o cenho e aquela ruguinha entre as sobrancelhas que lhe dá uma expressão de "cara de mau" estava lá marcando presença e enfeitando o que já é perfeito. Pelo menos para mim, perfeito sempre.

Carla: Ontem antes de dormir eu liguei para você e seu celular estava desligado — falei com a voz falhada segurando um fiasco de choro. Droga!

Arthur: Carla, ontem depois que nos falamos, o meu celular descarregou. Quando terminou a última demonstração no congresso, fui direto para o hotel, enquanto eu organizava minhas coisas na mala coloquei o celular para carregar desligado. Deixei o hotel e vim embora. Você sabe melhor do que ninguém, o quanto eu não gosto dessas palhaçadas de comemoração e homenagem, mas eu não tive outra opção — ele continua me encarando e eu retribuo o olhar fixado nos olhos dele.

Arthur: Carla... A minha clínica recebeu um selo internacional de cirurgia estética e plástica, eu não poderia fazer a desfeita de não comparecer para receber e agradecer o título. Combinamos de irmos juntos, em cima da hora você desistiu e me obrigou a ir sozinho... Agora vai ficar assim comigo? Porra! — segurou o meu queixo e puxou-me até os seus lábios. — Olha só como estou por você — moveu o membro ereto em meu ventre. — Quatro dias sem o seu cheiro, quatro dias sem os seus beijos... Quatro dias sem ouvir os seus gemidos — encurralou-me sobre a ilha e segurou uma das minhas pernas a elevando um pouco, fazendo o meu vestido subir. — Fala que me ama. Fala que estava com saudades disso — roçou o pênis duro, mas muito duro em minha vulva já molhada.

Carla: Eu vi uma foto sua — ele elevou as sobrancelhas e pareceu ficar surpreso.

Arthur: Foto minha?

Carla: Sim. Eu estava em uma rede social e vi uma foto que a Marta postou. E você estava entre várias mulheres e segurava a cintura de uma morena horrorosa e peituda — ele riu, riu muito da minha cara. Filho da puta!

Tentei me desvencilhar dos braços dele, mas, foi em vão, ele os prendeu apenas com uma mão e me encurralou ainda mais.

Arthur: Ah... Carla! Eu fui obrigado pela Martinha e Gabriel a participar da foto entre as organizadoras do congresso, e uma delas me abraçou. Eu, para não ser indelicado retirei o braço dela do meu pescoço e a segurei pela cintura para contê-la. E foi só isso, minha vida. Você sempre confiou em mim. O que houve, em minha feiticeira? O que passou por essa cabecinha? — bufei...

E grunhi. Devo estar realmente estressada. Dei um beijo casto em seus lábios e me desvencilhei de seu abraço possessivo.

Arthur: Não me trata assim... Eu estou com saudades. Vem aqui, vem? — ele fala baixo e eu fingi não escutá-lo.

Saio da cozinha e sigo para a sala.

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