Capítulo 213 :

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Quando eu e Rodolffo éramos garotos tínhamos o costume de passar parte de nossas férias nessa ilha. Na verdade, tanto os meus pais como o dele estavam sempre viajando a trabalho e nunca podiam nos levar com eles em suas viagens. Então nos enviavam junto com a Vivi para Angra dos Reis. Vivi sempre esteve presente em nossas vidas, ela foi a nossa segunda mãe. Mesmo não tendo estudos, ajudou e nos auxiliou em tudo.

E, se ela fizer pelos os meus gêmeos o que fez por mim e minhas irmãs e o Rodolffo, ficarei feliz. Eu, Rodolffo e Carla presenteamos ela neste natal. Compramos uma casa no bairro onde ela morava a muitos anos, de aluguel. Carla ajudou com os móveis e decoração. Foi tudo organizado muito rápido, mas ela ficou feliz, chorou tanto que eu fiquei até preocupado com a saúde dela, já que é hipertensa e ex-fumante.

Olho de longe para os funcionários que contratamos para cuidar da decoração, organizando as mesas e enfeitando com orquídeas azuis e rosa. Se eu pensasse em cores para nos definir, essas seriam as nossas... Eu o Azul e ela o Rosa. Por quê? Não sei, ela tem um cheiro de morango... E, azul é a minha cor preferida. Só consigo chegar a essa conclusão. Tenho certeza que ela escolheu as cores pensando exatamente da mesma forma do que eu.

Continuei caminhando até escutar uns gemidos, cocei a minha cabeça, olhei para todos os lados e voltei a andar, mas parei abruptamente com a cena que me deparei.

Arthur: Opa! Foi mal.

Juliette e Felipe estavam se pegando com direito até a chupões nos seios. Pisquei os olhos e os desviei dos seios da amiga e madrinha de casamento da minha noiva. Felipe tentava disfarçar a ereção e Juliette ajeitava o sutiã vermelho do biquíni.

Juliette: Desculpe Arthur... Mas você não tem o que fazer ao invés de ficar vagando por aí? O que você faz aqui? — Juliette pergunta com um sorriso safado nos lábios.

Arthur: Estava indo até a casa do caseiro — respondo sorrindo. — Vão transar no quarto — eu disse e os deixei para trás. Ainda consegui escutar o Felipe falando com Juliette.

Felipe: Para de me provocar Juliette. Se continuar com esse fogo nessa vagina, vou levar você para o quarto e foder até a sua alma. Só isso para diminuir essa sua... — Não ouvi mais. Depois eu é que sou o libertino.

Arthur: Seu Chico — chamei e abri o portão baixo de madeira que fica na varanda.

Chico: Arthur meu filho! Quanto tempo você não vem aqui — abraçou-me e me guiou até a sua sala.

Arthur: E como o senhor está?

Chico: Velho e cansado — somos interrompidos por sua filha Pamela.

Pamela: Pai, está na hora do seu remédio... Thur! — Pâmela encarou-me por longos segundos.

Arthur: Como vai? — pergunto.

Pâmela e eu cultivávamos uma amizade colorida durante a nossa adolescência. Ela é mais velha do que eu alguns anos, mas isso não nos impediu de transarmos dentro da piscina e atrás dos coqueiros quando eu tinha quatorze anos e ela dezoito. Sua beleza era instigante, morena com belas curvas volumosas, todos aqui da região a queriam e a idolatravam, mas acabou casando antes dos vinte anos, depois do casamento vieram os filhos e a idade. Ela não é mais aquela garota gostosona, mas continua uma bela mulher.

Pamela: Estou ótima, vejo que você está melhor do que nunca. Quando o meu pai me contou que você ia se casar, custei a acreditar. Mas assim, que o pessoal começou a decoração e depois a chegada aos poucos dos convidados, fui convencida pelos fatos — ela sorriu. — Quero conhecer à sortuda que fisgou esse gato alto e musculoso.

Arthur: Devo confessar a vocês, ela me fisgou mesmo.

Pamela: O casamento é hoje mesmo ou amanhã? — perguntou.

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