Capítulo 217 :

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CARLA

Terminei a maquiagem, fiz uma produção suave, make leve e cabelos soltos. Fito-me no espelho do banheiro, dou mais uma mexida com os dedos nos meus cabelos. Pego o batom cor de rosa e aplico em meus lábios.

Carla: Pronto! — Gostei da minha imagem refletida através do espelho.

O Arthur parou e encostado na porta do banheiro.

Arthur: Dobra as mangas, por favor? — mostrou-me os braços, fez um rostinho de menino perdido. Eu amo esse homem.

Ele está vestido com uma calça sport fino de linho cor "off White", blusa branca de botões e mangas compridas por fora do cós da calça, os sapatos foi ele quem escolheu, é um sapato social que combinou perfeitamente com a produção que eu comprei para ele. Enrolei as mangas de sua blusa, dando um ar ainda mais despojado e jovial, baguncei os seus cabelos ainda um pouco úmidos por causa do banho e alisei a sua barba aparada.

Carla: Você está um gato!

Arthur: O que você fez em seus cabelos? — perguntou ainda encostado na porta.

Carla: Sequei e fiz babyliss. Gostou? — sorri.

Arthur: Está linda! Adorei essa cor em seus lábios — enquanto ele dizia, eu borrifava meu perfume favorito.

"Calvin Klein - Euphorria". Olhei para ele que ainda permanecia encostado à porta e sorrio.

Arthur: ssa é a lingerie que você usará por baixo do vestido?

Carla: Sim — seus olhos ganharam um tom escuro, conheço bem essa tonalidade. Tesão!

Passei por ele e entrei no quarto, abri o guarda roupa e apanhei o meu vestido. Coloquei-o esticado sobre a cama.

Arthur: São lindas. Eu pensei que fosse usar uma parecida com os saltos que usa no dia a dia.

Entregou-me a bolsinha de tecido dourado onde estava a minha sandália "rasteirinha". Ela é toda delicada e as tiras finas possuem apliques de pequenas pedras naturais brancas, o fecho é todo cravejado com pequenos cristais brancos.

Carla: Não poderia ser diferente, já que todo o espaço externo é coberto por grama e areia da praia. Imagine só eu de salto agulha caminhando sobre o gramado e areia de praia — ele sorriu e disse:

Arthur: Sente-se — sentei sobre a cama. Ele pegou um dos meus pés com cuidado e encaixou a sandália delicada, repetiu o mesmo processo no outro pé e ao terminar beijou-o com carinho.

Carla: Obrigada — eu disse baixinho. — Vou vestir o vestido — levantei da cama e parei de frente para ele que pegou o vestido que estava sobre a cama.

Arthur: Eu te ajudo — assenti.

Eu já estava um pouco emocionada com a maneira com que ele estava cuidando de mim e com a tensão que envolve
um casamento, mesmo não transparecendo durante todo o dia, eu estava nervosa.

Arthur: Ele tem um zíper? — perguntou retirando-o do cabide.

Carla: Sim, mas é invisível — mostrei e ele desceu o zíper com cuidado.

Arthur: Levante os braços — levantei e logo o vestido deslizou em meu corpo como uma seda.

Arthur virou-me de frente para ele e a cada segundo que mantínhamos os nossos olhares fixados um no outro meu coração acelerava desesperadamente. Eu não vou chorar! Droga eu estou maquiada... Não... Minhas lágrimas desciam torturantemente lentas e quentes.

Arthur: Posso subir o zíper? — perguntou-me com os olhos marejados.

Carla: Pode. — E com delicadeza ele fechou o zíper.

O decote do vestido perolado na parte do busto envolveu meus seios sustentando-os, as alças que seguiam o mesmo formato de tonalidade e detalhes fixaram sobre minha pele, em minha cintura a tecido fino e delicado descia até ficar um pouco mais solto e esvoaçante pairando sobre meus pés. Ele me fez girar segurando uma das minhas mãos, parou de costas para ele, abaixou a cabeça e beijou-me onde o decote em formato de "U" deixava a pele das minhas costas, nua.
Abraçou-me e ficamos assim por um tempo até ele romper o silêncio:

Arthur: Você preparou alguma coisa para falar?

Carla: Não.

Arthur: Nem eu — sorrimos. Ele inspirou o cheiro do meu pescoço e eu pude sentir a sua respiração quente contra a minha pele.

— Eu te amo — falamos juntos. Foi estranho, mas falamos no mesmo instante e na mesma proporção de tempo. Virei de frente. Ele sorriu quando nos encaramos.

Arthur: Linda — sussurrou. Abriu a porta do guarda-roupa antigo e me puxou pela mão. — Linda... Só minha — apontou para a minha imagem refletida através do espelho enquanto sussurrava em meu ouvido. — Vamos trocar as nossas alianças — ele segurou a minha mão e retirou a minha aliança, e entregou-me a dele. — É mais fácil assim — sorriu colocando a minha em seu dedo mindinho. Eu coloquei a dele em meu polegar esquerdo, foi o único dedo que coube.

Ele foi até a cômoda antiga que ficava de frente para a cama. Pegou o meu colar que estava com o pingente que era o nome dele cravejado com os micros diamantes. Parou atrás de mim e afastou os meus cabelos para o lado. Colocou o colar em meu pescoço e virou-me de frente para ele.

Arthur:  Perfeita.

Beatriz: Carla! — Beatriz bateu a porta do quarto, chamando pelo o meu nome.

Carla:  Sua mãe.

Arthur abriu a porta e ela entrou segurando uma caixa média branca.

Beatriz: Você está... Linda!

Carla:  Obrigada — sorrio para ela.

Beatriz: Sua tiara e buquê. Entregaram ainda pouco. Não resisti e olhei. São lindos!

Abri a caixa com a ajuda do Arthur e fiquei maravilhada. Arthur retirou a tiara que na verdade é uma coroa de flores azuis e colocou sobre os meus cabelos. Peguei o buquê de flores azuis e rosa e sorrio. Estou sentindo uma felicidade que não cabe em meu peito. Olhei para a direção da Beatriz e vi minha mãe e Mateo parados ao lado dela.

Arthur tocou em meu ombro e disse: Arthur: Azul e Rosa? São as nossas cores? — assenti com os olhos marejados.
Seus lábios se curvaram em um sorriso contido.

Arthur: Carla estarei esperando por você. Estou ansioso para torná-la minha esposa. Não demore muito — beijou minha testa e a ponta do meu nariz.

Carla:  Eu te amo — ele parou diante da minha mãe, Beatriz e Mateo. Eles sorriram e abriram passagem para que ele passasse.

Arthur seguiu o corredor extenso que antecedia as escadas. Beatriz deixou o quarto em seguida e fez o mesmo caminho do que o Arthur para acompanhar o filho.

Mateo: Vamos? Vim buscar a minha enteada linda — Mateo ofereceu-me o braço e minha mãe sorria lindamente ao lado dele. Segurei o seu braço e ele beijou o meu rosto.

Mara: Pronta? — minha mãe perguntou chorando. Respirei fundo tentando controlar as lágrimas.

Carla: Sim —respondi.

Mara: Então vamos, estão todos esperando por você.

Deixamos o quarto, atravessamos toda a casa até pararmos nas escadas de granito da varanda.

Mateo: Agora é para valer à pena — Mateo disse próximo ao meu ouvido.

Mara: Deus te abençoe minha filha — minha mãe falou acariciando o meu rosto. — Vou na frente e estarei esperando ao lado do altar — aquiesci e respirei fundo mais uma vez.

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