Capítulo 209 :

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ARTHUR

Arthur: Já está bom Carla!

Carla: Não, você é um falso moreno. As suas costas são brancas e estão vermelhas por causa da exposição ao sol — despejou mais protetor solar e começou a espalhar devagar. — Amor?

Arthur: Fala.

Carla: É... Tem certeza que a nossa viagem de última hora não vai atrapalhar a sua agenda nas duas clínicas? Eu não quero...

Arthur: Carla Diaz... Esquece esse assunto? Nós partiremos para Maceió, Alagoas ainda hoje. Viajar com a minha esposa e mãe dos meus filhos nunca irá me atrapalhar.

Ontem no final da tarde, antes de virmos para Angra dos Reis, comprei passagens e reservei uma suíte em um resort de frente para a praia de Ponta Verde em Alagoas. Nunca estive nesse lugar, mas a agente de viagens enviou-me imagens onde podia se ver a praia de mar calmo e águas transparentes, muitos coqueiros e piscinas naturais formadas por arrecifes. Fiquei encantado com a beleza do local! A agente me disse que essa região recebe visitantes do mundo inteiro e concentra os melhores hotéis e restaurantes. Entre todas as opções que enviou, optei por essa, já que é a nossa primeira vez.

Depois de fechar toda a viagem e estadia, tudo por meio da internet, Carla ligou questionando sobre o valor que foi debitado de nossa conta conjunta, ela recebeu no mesmo instante que o pagamento foi concluído com sucesso, um e-mail e mensagem com extrato detalhado. Era para ser uma surpresa, mas essa merda de tecnologia entregou-me antes mesmo que eu chegasse em casa. Mesmo contra meus planos tive que contar a ela sobre a viagem. Por um lado foi bom, pois ela organizou a nossa mala com tudo o que iremos precisar durante quinze dias de viagem.

Arthur: Massagem gostosa — suas mãos espalham o creme protetor e ao mesmo tempo sinto a pressão que ela investe enquanto espalha. — Estou louco para viajarmos — falo retirando o tubo de protetor solar de sua mão. — Chega de protetor, estou parecendo com aqueles turistas que ficam ainda mais brancos depois de tomar banho de protetor solar antes de ir à praia — ela sorriu e se levantou da espreguiçadeira.

Carla: Que pena não podermos aproveitar esse lugar maravilhoso — reclamou ajeitando a calcinha do biquíni comportado que eu escolhi.

Arthur: Se você tivesse acordado um pouco mais cedo, teríamos feito tudo o que havíamos planejado.

Carla: Chato! Eu sei... Mas a noite eu fiquei com insônia.

Arthur: Insônia e desejo. Saí dirigindo igual um doido procurando por uma padaria — ela fez um biquinho gostoso e sorriu para mim. — Podemos voltar sempre que você quiser — a abracei pela cintura e beijei a sua barriga. — O papai ama vocês, então podem pedir o que quiserem — beijo o seu ventre mais uma vez e levanto da cadeira que fica de frente para a piscina.

Rodolffo: Arthur! — olhamos para a mesma direção ao ouvir o Rodolffo me chamar. — Chega aqui! — ele faz um gesto com a mão chamando-me.

Arthur: Carla você quer ficar aqui ou vai entrar?

Carla: Vou esperar a minha... Mãe, boa tarde!

Arthur: Oi Mara — acariciei o seu ombro e ela me abraçou.

Mara: Boa tarde. Hoje estou um pouco indisposta e com uma cólica chata.

Arthur: Se essa cólica ficar mais intensa, eu a oriento ir até uma emergência — eu disse realmente preocupado.

Mara: Não se preocupe meu genro, isso é coisa de grávida. Já, já passa!

Arthur: Vou arrastar aquela mesa com guarda-sol até aqui, para vocês duas não ficarem debaixo esse sol todo — afastei e arrastei a mesa branca até as duas. — Pronto!

Mara: Obrigada, Arthur! — Mara agradeceu-me.

Arthur: Amor... Quer alguma coisa? Um suco? Quer Mara?

Carla: Não meu amor, obrigada — Carla respondeu.

Mara: Não, muito obrigada meu filho. O Mateo está trazendo água e suco. Vamos até a praia para caminhar um pouco e conhecer a região — sorrio, assentindo.

Deixei as duas conversando e fui até o Rdolffo que estava esparramado sobre o estofado estampado com figuras de peixes que fica ao lado da cantina e churrasqueira.

Arthur: Oi cara — baguncei os cabelos dele. — Chegue um pouco pra lá para eu sentar aqui — ele sentou e esticou a perna direita liberando um gemido baixo. Sentei ao seu lado e perguntei: — Ainda dói muito?

Rodolffo: Essa porra... Dói pra caralho! — mordeu o lábio inferior e respirou fundo. Seus olhos desviaram de sua perna para a Sofia e Ricardo, o advogado que trabalha para a Picoli Engenharia, caminhavam conversando e sorrindo. Pareciam estar voltando da praia.

Arthur: De onde eles estão voltando? — perguntei e o encarei.

Rodolffo: O Ricardo a convidou para dar um passeio de lancha.

Olhou para os dois que pararam próximos ao portal que separava a entrada da casa e da praia. Sofia sorria e tocava o braço do Ricardo, que por sua vez destilava todo o seu charme.

Rodolffo: Ela aceitou — ele disse ainda com o olhar fixado nos dois.

Arthur: E você deixou ela ir? E com aquele biquíni?

Rodolffo: Vou fazer o quê? Estou proibido de ficar no sol. Não pude impedi-la. Agora em relação ao biquíni eu não fazia ideia que era desse tamanho, até porque ela estava vestida e não assim... Com esse pedaço de pano — fala e ao mesmo tempo gesticula e aponta para eles dois. — Por que você o convidou? — perguntou-me contrariado.

Arthur: Rodolffo, o Ricardo é nosso amigo à muito anos e a mãe dele é amiga dos nossos pais. E, quando você esteve internado, ele foi bastante prestativo em relação às questões da sua empresa. Então, não poderia ser diferente. Concorda? — ele ficou mudo e fixado nos dois que ainda conversavam animados.

Rodolffo: Não somos amigos, ele é apenas o meu advogado e é muito bem pago para isso.

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