××× Brunna Gonçalves ×××-- Tenho que ir. - Sussurrei contra os lábios de Caio, sorrindo após dar um outro selinho nele. - Obrigada por deixar minha mãe aqui.
O loiro apenas sorriu e se virou, indo embora. Minha mãe franziu o cenho para a filhotinha que a cheirava sem parar.
-- Quem é essa?
-- Violet. - Disse após fechar a porta. - Ela gostou de você. - Minha mãe sorriu.
-- Ela é uma graça. - Até que bateram na porta, bem na hora, precisava começar a me arrumar para ir trabalhar.
-- Sim? - Abri.
-- Mia! - Luke, um cara que tinha visto várias vezes com a minha mãe, eles se diziam melhores amigos, entrou correndo, abraçando-a. - Eu fiquei tão preocupado... - Então deixei eles conversarem, entrando no banheiro e indo me arrumar.
××× Ludmilla Oliveira ×××
-- Isso é latim?! - Bufei, esfregando o rosto enquanto lia e relia a folha de lição de casa de
Natalie.-- Física. - Ela gemeu, se sentando ao meu lado.
-- Mas só tem letras aqui! - Argumentei. - "A luz violeta tem a frequência maior que x". - Li e bufei. - Eu sei lá a porra da frequência de x! X nem tem frequência!
-- Então! - Natalie choramingou comigo. - Eu não aguento mais.
-- Eu atendo! - Marcos disse, brotando do chão quando bateram na porta. E ficando estático quando encontrou sua irmã ali. - P-Paty?
-- Marcos. - Ela engoliu em seco. - E-Eu...
-- Licença... - Brunna entrou no apartamento. Que merda ela esta fazendo ali?!
-- Brunna! - Natalie se levantou, indo abraçar a loira.
-- Nat! - Ela abraçou a loira.
-- O que você está fazendo aqui? Veio ver a tia Ludmilla? - Perguntou minha sobrinha, se achando a cúpida de uma relação completamente impossível e inexistente.
Brunna corou, finalmente me vendo sentada na mesa. Seus olhos brilhavam a meia luz. Os últimos raios de Sol do dia entravam pela janela, deixando seus cabelos mais claros e dourados.
-- Não. - Ela respondeu, olhando nos meus olhos. - Eu vim acompanhar a Paty.
A morena de longos cabelos escuros e as feições iguais a do meu amigo, olhava para ele com apreensão.
-- Eu... preciso falar com você. - Paty engoliu em seco e desviou os olhos dos de Marcos. - A sós.
Natalie, Brunna e eu nos entreolhamos.
-- Brunna, você pode me ajudar na lição de casa? - A loira sorriu rapidamente, a puxando para o quarto dela. Infelizmente tive que fazer parte daquilo, sendo arrastada junto. Assim que chegamos naquela bagunça infernal, ela fechou a porta.
-- Por que a Paty está aqui? - Perguntou Natalie.
-- Marcos me explicou sobre... sua história com ela. Que eles brigaram após a morte da família deles. Mas eu não sei de mais nada. - A loira parecia apreensiva ao contar, desviando o olhar, mordendo aqueles lábios deliciosos e esfregando uma mão na outra.
-- Eu... - Ela suspirou, se sentando na cama e pegando uma das almofadas da Natalie e colocando no colo. Estava escrito "Princesinha do papai", com certeza Gabriel tinha a presenteado com aquela coisa cor de rosa e cheia de glitter. - Tudo bem, eu falo.