××× Ludmilla Oliveira×××Não podia negar que era meio humilhante estar em uma balada com o braço quebrado. Eu era mais lenta, não tinha tanta mobilidade, e enfim? Era uma bosta. Graças a Deus não tinha sido nada sério, ficaria apenas um mês com aquela merda. Obrigado, Natalie, eu sempre quis ter uma sobrinha, e obrigado novamente, por você ser a única.
-- Só para você não se sentir mal, eu também já quebrei o braço. - Disse Gabriel, com aquele sorriso cretino e sem graça no rosto. - Tudo bem que eu tinha... 8 anos?
-- Se você não me der logo o dinheiro é capaz que o Marcos fique sem namorado e a Natalie
sem pai. - Sorri de volta. Gabriel gargalhou, pegando a maleta prata e me dando.-- Mercadoria primeiro...
-- ... dinheiro depois. - Terminei a frase. - Eu sei, não sou nenhum iniciante.
Gabriel apenas deu de ombros, me dispensando. De acordo com ele e Marcos, o vendedor iria nos fornecer um pen-drive, o qual nos mostraria os satélites que a polícia usava, daria para ouvir os rádios... Eu achava um pouco suspeito, Marcos e Gabriel também, mas era um risco que correríamos. Ao descer as escadas, Camile me cumprimentou.
-- Quando vai ser o segundo round?
-- Hum?
-- Hoje a noite eu tô livre. - Ela piscou. - E eu posso te dar uma atenção especial... sabe, por causa do braço... - Revirei os olhos. Odiava os outros achando que eu era dependente ou precisava de caridade.
-- Valeu, Camile, mas hoje não.
Sai do ambiente, me sentando no lugar de sempre. Impaciente, pedi whisky. Uma das bebidas que me faziam engolir aquele lugar, quando meu braço estava doendo e só queria voltar para casa, tomar o anti-inflamatório e dormir. Ah, fumar também, fumar parecia bom nesse momento.
Enquanto eu me perdia em pensamentos, a luz de toda a boate apagou, focando apenas no palco. Decidi assistir o novo showzinho enquanto o vendedor não chegava, afinal, que outra opção eu tinha? No palco, tinha três mulheres de cabeças baixas e três cadeiras ao lado de cada uma, respectivamente. Minha atenção logo se voltou totalmente para a loira. Brunna. Ela estava no meio.
Quando a música começou, eu quase deixei escorrer baba. Brunna estava com um body todo de renda vermelha, bem cavado. E favorecendo suas poucas curvas. Em cima, um robe de seda branco, com detalhes também em renda da mesma cor. O batom vermelho adornando sua boca e a maquiagem dos olhos destacando aquele olhar indescritível... Puta merda. Virando de lado, ela apoiou uma de suas pernas na cadeira, passando as mãos das coxas até os saltos bem altos, também vermelhos, e então se sentou na cadeira, após uma rebolada absurdamente sensual. Por que raios eu não tinha pedido para ela cavalgar em mim aquela noite? Deveria ser sensacional o modo como seus peitos pulariam junto com ela. Sabia que sua expressão gozando era maravilhosa, mas se ela estivesse em cima de mim... cravando suas unhas em mim e dando aqueles gemidinhos... Ah, por Deus.
Após mais manobras, ela ficou em pé novamente, sentando no chão na frente da cadeira, e depois deitando de barriga para baixo. Seu rosto virado para o público, indescritível. Então se encolheu, empinando a bunda, me dando mais tesão. Caralho, como Brunna era... era... Porra eu não tinha palavras. Assim que se ajoelhou, ainda no chão, separando os joelhos, jogando os cabelos para trás... Ah, Deus. Aquele... cabelo loiro era espetacular. Assim como sua dona no palco e na cama. Camadas e mais camadas de cobre brilhando. Macios, convidativos. Só lembrar de puxar e tocar aquele cabelo eu me arrepiava inteiro, lembrando do modo como ela gemeu.