capítulo 7.

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Tricolor.

Sai do plantão fui direto pra casa, meu moleque tá queimando de febre a outra tá fazendo uma tempestade num copo d'água. Cheguei ele tava deitado na cama.

-Já deu remédio ele? - olhei pra Fernanda ela fingiu que nem ouviu. - tô falando Fernanda, tá surda?.

Fernanda: tava com sua piranha e agr quer saber do garoto? - abriu os braços pra mim.

- Que piranha o que Fernanda, tava no plantão. - tava boladão já.

Fernanda: Eu tenho cara de palhaça ou de idiota Pedro? - riu de deboche.

-Cara tu quer bater cabeça, bate sozinha. Já falei que tava no plantão.

Tomei um Banho e fui deitar um pouco, tô cansado pra crlh.

Olhei o stts da surtada ela tava na rua com os boyzão da zona sul, "amigos" dela, falo nem nada, joguei o celular pro lado e apaguei.

Acordei com a Fernanda deitando do meu lado. Ela respirou fundo e se cobriu.

-Para de graça cara- abracei ela é cheirei seu pescoço.

Fernanda: que graça Pedro, ultimamente tá sendo esculacho atrás de esculacho. O respeito que a gnt tinha um Pelo outro acabou a partir do momento que você arrumou mulher na rua. Tá achando que não chega no meu ouvido não? - uma lágrima caiu ela limpou rápido. - eu já tô de saco cheio, minha paciência ja acabou.

-Teu mal é escutar fofoca das suas amigas isso sim. - levantei da cama.

Tomei um banho, escovei meus dentes, botei meu coldre na cintura, botei a pistola na cintura também e joguei meu fuzil nas Costa.

Desci pra boca patrão tava fazendo reunião com alguns soldados.

-Qual foi - toquei com geral.

Rock: Tricolor, vai rolar baile na Vila do João sábado, vai brotar comigo, tá de folga - falou rindo e apertou minha mão.

-A vantagem de ser o queridinhodo chefe - ri gastando os menor.

Rock: queridinho é o caralho tricolor - riu também.

Geral seguiu teu rumo e foi caçar o que fazer. Sentei  na cadeira e conferi o lucro da semana.

Eu era gerente só da maconha de 10, mas nosso parceiro que era gerente do pó de 30 faleceu, rock me deu o cargo dele! Foda ficar de frente das duas coisas mais vendida na favela.

Conferi tudo e fui levar o dinheiro pro Rock.

-Ta certinho patrão - dei o malote pra ele.

Rock: Jae papai - tocou comigo - tu é sagacidade pura.

-É nós - um vapor veio e trouxe duas cracudinha, me entregou uma e deu uma na mão de Rock.

Rock: mas e tu e a Jade - me encarou de lado.

-Ta rolando né, tua prima tá me deixando doido. Garota abusada do crlh. - Rock gargalhou.

Rock: Jade é demais, ninguém bota controle não. Em falar na diaba - riu.

Quando eu olho pro lado a filha da puta tava subindo mexendo no celular cheio de risinho. Sem falar na roupa, ela tava com um short curto pra crlh, um bagulho de renda que parecia aquelas langeri que ela usa em casa.

-Caralho, não é possível cara - passei a mão no rosto - ela faz de propósito Rock, tô te falando. - patrão ria sem parar.

Olhei sério pra cara dela ela nem ligou, brincou com o primo dela e continuou subindo.

Esperei uns 20 minutos e fui atrás dessa diaba.

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