capítulo 25.

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Jade.

Busquei carol no postinho e levei ela pra minha casa. Ela já está melhor, só não quer voltar pra casa agora.

Carol: Teu primo me procurou lá - me encarou - falou um monte na minha cabeça, disse pra mim não procurar ele e tals. - falou triste.

-Ai amg, desculpa, a culpa é minha eu não devia falar que você era mulher dele - segurei a mão dela.

Carol: Tu não tem culpa não, viada - sorriu. - deixa isso pra lá, as coisas vão se resolver no tempo certo.

-Deus te ouça - rimos - ele não está falando comigo também.

Carol: seu primo é um viado cara. Ah mas deixa eu te contar - olhei ela curiosa - tem uma prima minha de Sp vindo morar no rio - falou toda animada e eu encarei ela. - ela é legal amg, você vai adorar ela, ela está doida pra te conhecer, porque eu vivo falando de você pra ela.

Eu não queria corta o barato dela já que ela estava tão feliz. Mas eu preciso fazer mesmo mais amizades com meninas, sou muito bicho do mato.

Carol: Anny chega amanhã cedo! a noite vamos tomar um gelo lá na Arena Paraíso. - bateu palma.

-Tá bom mona, tá marcado - ri.

Arena Paraíso é mto bom, adoro lá, clima gostosinho, amoo.

Tomei banho e fiquei esperando o bofe vim me buscar, diz ele que hoje vamos da um rolê.

Me arrumei toda barbiezinha, calcei minha Melissa, botei meus acessórios, peguei meu celular e desci.

Tricolor: tinha short menor não? - debochou assim que eu entrei no carro.

-Vai começar? Eu volto daqui mesmo. - ele nem respondeu, apenas acelerou o carro.

Se ele falasse mais um A eu ia começar uma discussão e não ia parar mais.

Chegamos num bar legalzinho, música ao vivo, não estava muito cheio.

Sentamos em uma mesa e o garçom veio anotar nossos pedidos, ele pediu um balde de império e uma porção de frango a passarinho.

-Tá me chamando de esfomeada? - fiz a maluca.

Tricolor: quem não te conhece que te compre - riu - quando chegar tu vai amassar que eu sei.

-Palhaço - abri uma cerveja e fiquei batendo papo com ele.

Ele estava desabafando sobre a vida dele com a mona.

Tricolor: ela disse que tira meu filho de mim pô, ta jogando sujo usando o menor. - falou com raiva.

Eu nem estava respondendo direito, não estava afim de saber o que estava acontecendo entre ele e ela. Não acredito que ele não largue ela por causa do filho. Ele é gerente daquela porra, ele pode mandar ela ralar sem a criança ou dar uma boa casa pra ela morar com o filho, e sustentar óbvio.

Mas não, vem sempre com esse papinho de "ah, não posso largar ela agora" não pode porque? Porque não quer pô.

Já entendi o que ele quer. Quer a de fé dele dentro de casa e uma fixa na rua pra comer quando quiser, mas já não tá dando certo, gosto dele mas tô deixando o sentimento virar minha cabeça.

Sou nova e linda demais pra aceitar esses tipos de coisa, não quero isso a vida toda pra mim.

Tricolor: qual foi, tá com essa cara ai - soltou sua cerveja e me olhou.

-Cara nenhuma, você me fez sair da minha casa pra ficar falando de você e da sua mulher? - ele ficou calado. - vamos embora, tô cansada, quero dormir.

Ele levantou pra pagar a conta e eu fui andando em direção ao carro. Ele destravou a porta e eu entrei.

Fomos o caminho todo em silêncio, ao som do orochi.

Só vi que chegamos quando ele deu uma freada. Abri a porta do carro, quando fui sair ele me puxou pro colo dele.

Tricolor: fica bolada comigo não, surtada, foi mal - beijou meu pescoço.

-Tranquilo, já foi. - levantei a cabeça dele pra beija-lo.

Sai do carro e fingi que não estava bolada, mas no fundo eu estava sim.

Subi, tomei um banho e deitei. Carol estava dormindo no colchão, apagada já. Me deitei e apaguei também.

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