capítulo 17.

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Jade.

Saí do trabalho e fui direto pra casa me arrumar, hoje vai ter um pagofunk.

Acabei de me arrumar esperei Ph vim me buscar. Ele chegou subi na moto e nós fomos.

Rock: vocês vivem grudados em, porra - me deu um tapa quando me aproximei.

-Paulo é meu xodó já falei - abracei meu primo.

Rock: nem me procura mas, falsa - me jogou uns amendoim que estava em cima da mesa.

Me sentei na cadeira já trouxeram uma caneca de chopp pra mim.

Clima tava gostosinho, pagodinho, cervejinha gelada.

-E tua mulher - encarei rápido Ph.

Ph: ta em casa pô, ta cheia de neurose por causa de tu. - abriu uma cerveja e bebeu.

-Ela não foi muito com a minha cara - ri.

Ph: tá com ciúme pô, me conheceu na cadeia! Nunca me viu assim próximo de ninguém.

-Entendi.

Morreu o assunto, ficamos ali bebendo, cantando pagodes.

Do nada começou um tiroteio, os muleques começou a pegar as armar, rádios coletes que estava no chão.

Xx: é os alemão, é os alemão - alguém falou no rádio.

Rock: Ph leva Jade pra casa - falou nervoso, pegou seu fuzil subiu na moto e sumiu da minha vista.

Ph saiu me puxando, subiu na moto e eu subi na garupa. Chegamos na frente da minha casa ja tinha um garoto la esperando ph.

Desci da moto o menino deu um fuzil uma pistola e um colete pra ele.

Ph: sobe, não sai de casa ate eu ou rock ligar. - me deu um beijo na testa.

-Se cuida irmão - meu olho já estava cheio d'água.

Ele alcelerou a moto e sumiu.

Eu subi meu pai estava dormindo, sentei no sofá e fiquei olhando o twitter.

É horrível ter familiar envolvido no crime, do nada é uma invasão nós não sabemos se eles vão voltar bem ou se não vão voltar.

Quem tem parente no mundo do crime sabe como é o desespero, o aperto no peito que a gente fica ate o tiroteiro acabar e seu parente aparecer ali na sua frente, bem, inteiro.

Fiquei ali sentada no sofa com o coração apertadinho orando e pedindo a Deus pela vida dos meninos.

Ja era de madrugada quando os tiros cessaram. Bateram na porta eu levantei correndo pra atender. Abri era Rock.

-Primo - dei um abraço apertado nele.

Ele estava ferido, cortes no rosto, arranhões e parecia que tinha tomado um tiro.

-Você tomou um tiro? - eu tava assustada, puxei ele pra dentro.

Rock: foi de raspão - me olhou estranho. - Ph tomou dois tiros, tricolor tomou um na barriga, ta no hospital.

Abracei meu primo.

-Rock eu quero ver ele - eu ja estava chorando.

Rock: Ph ou tricolor? - me olhou engraçado.

-Paulo. é melhor não visitar o tricolor, a mulher dele ja ficou sabendo de nós dois, nada haver. Toma um banho e dorme aqui hoje tá.

Ele assentiu e foi pro banheiro, fui no meu guarda roupa e peguei uma blusa do fluminense e um short do tricolor, aqui tem algumas peças de roupas dele.

Rock terminou se vestiu e deitou no meu quarto no colchão que fica embaixo da cama.

Rock: prima dorme, amanhã cedo você vai visitar Ph. Ele ta no postinho aqui da favela.

-Ta bom.

Virei pro lado e tentei dormir, não tava conseguindo por nada.

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