Tigres e Lobos- Kiba Inuzuka

Capítulo 41

Aldeia da Areia
3:15 a.m.

-- S/n...— Gaara a chama – está tudo bem? — perguntando entrando em casa, logo atrás dela.

A menina murmura um “uhum” e assente com a cabeça, mas não foi convincente.

-- Tem certeza de que quer realmente fazer isso? – Gaara tranca a porta da casa.

-- Foi o melhor que eu podia fazer...— ela se senta no sofá da sala, pega uma almofada e a abraça.

-- S/n...me desculpe se isso te ofender, mas, você tem que pensar nas coisas que te afetam também – o ruivo se senta na poltrona de frente para o sofá, se inclina apoiando seus braços nos joelhos – sei que o Kelevi é importante para você e que você faz de tudo para o bem dele, mas e quando o que fizer bem a ele não for bom para você?

-- O que está querendo dizer com isso?

-- Olha essa situação por exemplo, você abriu mão de algo que queria por causa de Kelevi.

-- Ficar longe da Folha não foi só para o bem do meu tigre!

-- Não me refiro à aldeia em si, e sim em quem está lá!

-- Não se intromete nisso, por favor...

-- Só quero ter certeza de que você tomou a decisão certa e de que não vai se arrepender.

-- Eu não...não vou me arrepender...

Nem Gaara e nem mesmo s/n acreditou no que ela mesma disse, mas ela queria se convencer disso, de que ficar longe iria resolver todos os seus problemas relacionados aos seus sentimentos.

S/n encara o chão por alguns minutos, pensativa. Gaara decide a deixar sozinha, também estava cansado e precisaria levantar em algumas horas. Ele se levanta e passa por ela, indo em direção as escadas, mas interrompe seus passos assim que tem seu braço agarrado pela mão de s/n.

-- Boa noite...Gaara — sua voz sai quase inaudível.

O ruivo deixa um sorrisinho escapar.

-- Boa noite S/n.

Ela solta seu braço e então Gaara sobe, indo para o seu quarto. Após alguns minutos sozinha, S/n deixa a almofada que abraçava de lado e se levanta também, apaga as luzes e sobe as escadas. A porta de seu quarto é a primeira, mas ela não entra. Algo no corredor chama sua atenção.

Não exatamente algo físico, porém o aroma que exalava, um aroma gostoso, cítrico e envolvente, talvez um pouco viciante caso se permita afundar-se. S/n caminha pelo corretor atrás do aroma que infesta suas narinas, e ele o leva até a porta do quarto do kazekage.

Como uma verdadeira gatinha curiosa, s/n se sente na vontade de descobrir o que é, e então tem uma ideia, já que obviamente não bateria simplesmente na porta.
Ela corre até seu quarto e sai pela sacada, subindo no telhado e indo até o outro lado da casa, onde sabia que tinha uma janela que dava no quarto de Gaara.
Se esgueirando pela pequena marquise, e tomando cuidado para não ser vista, s/n espia pela janela e tem a visão do quarto completamente vazio. Seus ouvidos captam a maçaneta da porta se abrindo e então ela se abaixa.

S/n acompanha com os olhos Gaara saindo do banheiro, suas bochechas queimaram de vergonha ao ver o corpo do Kazekage coberto apenas pela toalha em sua cintura. No momento em que ele se vira, s/n se abaixa rapidamente, quase caindo, ela cobre sua boca com a mão para que não saia nenhum barulho.

Gaara sente uma sensação estranha pesando sobre seu corpo, ele se vira em direção a janela, pensando ter sentido alguém. Ele anda até ela e olha em todos os lados, mas não vê nada, volta para o meio do quarto e vai trocar de roupa.