Capítulo 12

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Naquele dia, mais tarde, s/n fez alguns exames e então pode ser liberada, a menina foi para casa na companhia de Kiba e então ela aproveitou e o convidou para almoçar com ela, já que ele tinha cuidado dela a manhã inteira.

-- só vou adiantando que meu lámen não é muito bom...-- diz assim que entra em casa e fecha a porta.

-- com certeza vai ser melhor que o da minha mãe...-- kiba comenta fazendo uma careta ao lembrar do gosto.

S/n ri da fala do garoto e segue para a cozinha com ele logo atrás de si.

-- kiba, você pode me ajudar?-- pede distraida enquanto começa a pegar os ingredientes.

-- ah...claro-- disse um pouco sem jeito.

O almoço ficou pronto dentro de 30 minutos, eles se sentaram na mesa um de frente para o outro e começaram a comer. Ficaram um bom tempo em silêncio, até que s/n decide quebra-lo.

-- Kiba...-- diz receosa, o garoto para de comer e a olha-- eu não te agradeci ainda

-- agradecer pelo o que?

-- por ter me levado pro hospital, por...-- sua voz falha-- por ter me impedido de machucar algum deles...-- ela abaixa seu rosto e fita atijela a sua frente-- Obrigada-- ditou com o tom de voz suave

-- então...você se lembrou?-- a menina confirma com um aceno de cabeça-- não fiz nada demais-- diz rápido e coloca um pouco de macarrão na boca.

O assunto o deixou desconfortável, por algum motivo

-- eu poderia ter machucado alguém...-- s/n continua-- eu poderia...ter matado alguém-- seus lábios tremen,ela os reprime e respira fundo.

-- s/n, é sério, não precisa...-- ele tenta acabar com esse assunto, mas é interrompido.

-- sabe o que eles dizem sobre mim de onde eu vim?-- sua fala é vazia, seu olhar se perdeu nas lembranças que vieram a tona nesse momento. O garoto a olha curioso, esperando que ela prossiga-- que eu fui a pior coisa que já apareceu naquela aldeia, que todas as pessoas deviam se manter afastadas ou iriam se machucar. Eu tinha 5 anos quando descobri que todos, até meus familiares,tinham medo de mim. Eram todos covardes para dizerem na minha cara!-- ela fecha o punho e o bate sobre a mesa, ignorando a dor do corte da palma de sua mão.-- já tenho 17 anos e não consigo controlar...-- dessa vez, sua voz demonstra raiva-- eu poderia ter... matado alguém sem querer...-- confessa

Kiba afasta a tijela a sua frente e toca a mão de s/n

-- não se preocupe, você não conseguiria mata-los tão fácil-- diz em um tom divertido

O que funcionou, pois a garota levanta seu olhar até ele

-- olha, eu não sei porque eu te contei isso, afinal, nem somos próximos...

-- se não quer que eu conte a todos que você é fraca, tudo bem-- solta a mão dela e se encosta na cadeira-- só não deixa esse pensamento dizer quem você tem que ser. Não acho que seja um monstro, apenas estressada.

A menina deixou um riso escapar, e, consequentemente, ele também.

-- só não me chame de fraca denovo-- ela o olha-- ou eu acabo com você!-- sorriu ladino.

Algo passa em seu pé por debaixo da mesa, ela se abaixa e olha o que deseja sua atenção.

-- ah, Esha!-- ela o pega e se ajeita na cadeira-- Kiba, esse é o Esha-- estende o bichinho a ele que o olha com desdém.

Tigres e Lobos- Kiba InuzukaOnde histórias criam vida. Descubra agora