capítulo 1: Vínculos Familiares: Aventuras dos Irmãos

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A escuridão envolvia Misheru enquanto ele abria os olhos devagar. Sua mente estava mergulhada em névoa, mas uma pergunta pairava nela.

- Onde... estou?

O ambiente era aconchegante, porém estranho. Como ele havia ido parar ali? Aos poucos, as memórias começaram a voltar, trazendo clareza.

- Ah sim, agora lembro. Estava ajudando o Issei com um encontro, mas as coisas ficaram fora de controle...

A cena mudar para uma segunda-feira de manhã. Eram 7 horas quando o despertador tocou, incomodando um dos garotos no quarto.

- Porra, Issei! Desliga essa merda! -A voz rouca de Misheru cortou o ar.

Sonolento, Issei estendeu o braço e desligou o alarme infernal. Do outro lado, Misheru se sentou na cama, espreguiçando-se.

- Vamos lá, Issei, levanta. Temos que nos arrumar para a escola.

- Ahh não, Misheru-nii... -, Issei resmungou, cobrindo-se com o lençol. - Mais cinco minutinhos...

Misheru bufou, passando a mão pelo rosto. - Eu entendo, mas precisamos ir. Além disso, a mamãe deve estar fazendo o café da manhã.

Sem respostas além de um embrulho imóvel, Misheru suspirou. Um sorriso travesso formou-se em seus lábios. - Tudo bem, se quer ficar aí dormindo...

Num átimo, ele saltou sobre Issei, imobilizando-o com uma chave de jiu-jitsu. Issei se debateu, mas não conseguiu se soltar.

- Tudo bem, tudo bem, eu levanto! Me solta!

- Nah, você que pediu, irmãozinho. -, Misheru apertou mais. - Só solto se pedir 'pinico'.

- Pinico...? -, Issei engasgou, confuso.

- O quê? Fala mais alto!

- Eu disse pinico, porra! -. Com um último esforço, Issei mordeu o braço de Misheru, que urrou e afrouxou a chave. Livre, Issei empurrou o irmão para fora da cama. Misheru caiu de cara no chão com um baque surdo.

Issei segurou o riso, mas não aguentou e começou a gargalhar do irmão mais velho. Misheru se levantou do chão, passando a mão pelo rosto. Um sorriso formou-se em seus lábios.

- Ah seu moleque.

Ele tentou agarrar Issei, mas o mais novo jogou o lençol sobre Misheru e saiu correndo do quarto. Rapidamente, Misheru se livrou do lençol e seguiu atrás do irmão caçula.

Enquanto perseguia Issei pelos corredores, Misheru recordou dos eventos nebulosos que o trouxeram até aquela família. Ele tinha poucas lembranças de antes. Na infância, viu os pais mortos no chão. Não soube como reagir, ficou paralisado fitando os corpos, até que ouviu passos se aproximando. Depois disso, sua memória era um borrão até chegar àquela casa.

Misheru sacudiu a cabeça, afastando os pensamentos sombrios. Estava em casa agora com Issei e os pais adotivos. Essa era sua família e ele a protegeria não importa o que. Um sorriso nasceu em seus lábios novamente quando avistou Issei virando o corredor à frente.

- Volte aqui, seu pestinha! - Misheru gritou, acelerando o passo.
Misheru finalmente alcançou Issei, agarrando-o pelo colarinho da camiseta. Porém, quando os dois olharam para baixo, perceberam que estavam na ponta da escadaria. Desequilibrados, rolaram escada abaixo, caindo aos pés de sua mãe adotiva.

Doloridos, ergueram os olhos para a figura imponente da matriarca, mãos firmes na cintura. Seu olhar era penetrante.

- Sério? Nessa hora da manhã já estão fazendo bagunça? - Sua voz era dura, mas havia um brilho divertido em seus olhos.

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