capítulo 2: A Sombra da Dúvida: O Alerta de Misheru

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Misheru soltou um suspiro, lançando um último olhar de advertência para Issei, Matsuda e Motohama.

- Bom, já vou indo. E vocês três, não façam mais isso, ouviram?

Os três garotos acenaram animadamente, apesar de não parecerem muito arrependidos. Misheru virou as costas e se afastou, deixando o trio de pervertidos para trás.

Enquanto isso, dentro do velho prédio que abrigava o Clube de Pesquisas Ocultas, Rias Gremory e sua melhor amiga Akeno Himejima estavam envolvidas em uma partida de xadrez. Rias movia cuidadosamente um peão pelo tabuleiro enquanto Akeno observava, um sorriso sereno nos lábios.

- Então, o que achou daquele garoto, Rias? -, A bela vice-presidente perguntou, seus longos cabelos negros esvoaçando. -Senti uma energia peculiar vindo dele.

Rias franziu o cenho de leve, estudando o jogo à sua frente. 

- Sim, eu também notei. Há algo... diferente naquele rapaz. Misheru, eu acho que é seu nome.

- Deve ser o irmão mais velho do issei que os rapazes tanto falam -, Akeno comentou pensativa. - Ele parece muito mais maduro que o caçula.

- Verdade -. Rias moveu sua torre com confiança. - Vamos manter um olho nele por via das dúvidas. Pode ser que Misheru seja uma peça importante em tudo isso...

Suas pupilas brilharam em um tom avermelhado quando ergueu os olhos para Akeno novamente. Um sorriso maroto curvou os lábios da vice-presidente.

- Como quiser, mestra.

O jogo de xadrez prosseguiu, porém as duas jovens tinham outros assuntos muito mais complexos em mente.

As 3:50 da tarde, o sinal soou anunciando o fim das aulas naquele dia. Misheru encontrou Issei do lado de fora e os dois irmãos começaram a caminhar juntos pela ponte sobre o rio que cortava os arredores da escola.

- ...É sério, Misheru-nii, eu nunca vou conseguir uma namorada! -, Issei lamentava em tom exagerado.

Misheru revirou os olhos, mas tinha um sorriso caloroso nos lábios ao ouvir as lamúrias do irmão caçula.

- Relaxa, Issei. Você ainda é novo, vai ter muito tempo para arrumar uma garota.

- Mas como? Se todas elas me chamam de pervertido? -, Issei fez um biquinho.

Antes que Misheru pudesse responder com mais uma piadinha, uma voz feminina soou atrás deles:

- Com esse comportamento, não é de se surpreender.

Os dois irmãos viraram-se para encarar a recém-chegada. Era uma garota de cabelos negros longos e lisos, pele pálida e olhos de um violeta profundo. Misheru franziu o cenho, surpreso. Por um instante, lhe pareceu que uma aura escura a envolvia, porém piscou e ela sumiu.

Issei arregalou os olhos quando reconheceu quem era.

- A-Amano Yuuma!

A garota sorriu timidamente.

- Olá Issei. Podemos... conversar um instante?

Misheru lançou um olhar de dúvida ao irmão, que deu de ombros, corado. Vendo que se tratava de uma conhecida e não uma ameaça, Misheru se recompôs.

- Claro, podem conversar. Estarei ali. -, Acenou com a cabeça para um ponto mais adiante da ponte. 

- Obrigado, Misheru-nii! -. Issei sorriu, agradecido, antes de se afastar com Yuuma.

Misheru observou atentamente enquanto Issei conversava com Yuuma, não conseguindo ignorar o pressentimento estranho que a garota lhe causava. Alguns minutos se passaram antes que o irmão voltasse com um largo sorriso no rosto.

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