capítulo 21: O Retorno da Irmã

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O vazio branco do subconsciente de Misheru era um palco para um drama de poder e desejo. Raphtalia, com seu olhar gélido, encarava as correntes que aprisionavam a essência de Misheru.

— Maldita! Você não pode me conter para sempre! — rugia o poder dele, um grito de fúria ressoando no silêncio.

Raphtalia, em sua frieza implacável, se virou e desapareceu. Misheru, no mundo real, jazia inconsciente, sua energia vital drenada. A cena se alternava entre a batalha interior e a realidade, onde Rias, Akeno, Koneko e Kiba se aproximavam do corpo.

Rias, com um olhar penetrante, fixou seus olhos em Raphtalia. A tensão no ar era palpável, um silêncio carregado de perguntas não ditas. Mas Raphtalia, como um raio, desviou seu olhar, indo em direção à Asia, que carregava o ferido Issei nos braços.

— Asia, que bom que você está bem — disse Raphtalia, um tom de preocupação em sua voz.

— É bom ver você aqui... Raphtalia, certo? — Issei, com um sorriso fraco,  confirmou o nome dela. Raphtalia, por um momento, sentiu um leve tremor de confusão, mas logo se lembrou do encontro anterior.

— Aliás, Raphtalia, por que você está aqui? — Asia questionou, a curiosidade em seus olhos.

— Vim por sua segurança. Não confio muito no Freed e falando nele, onde ele está? — Raphtalia, com uma cautela instintiva, questionou o paradeiro do loiro. Mas, de repente, uma voz masculina, rouca e cheia de dor, rompeu o silêncio.

— Raphtalia... — Misheru, com o corpo inerte, era carregado por Rias, seus olhos fixos na figura de cabelos brancos.  A cena, agora, era um palco de encontros e reencontros, cada personagem com seus próprios segredos e intenções.

— Eu não me lembro o que havia acontecido, mas lutei contra ele e talvez ele esteja morto ou algo assim — disse Misheru, um sorriso fraco se formando em seus lábios enquanto encarava Raphtalia.

— R... Raphtalia, que bom que nos encontramos de novo —  a voz de Misheru tremeu levemente, carregada de emoção. As lágrimas de Raphtalia rolaram, um rio de alívio e alegria quebrando a barreira da contenção. Encontrar seu irmão, após tantos anos, era um sonho tornado realidade.

Misheru, com a ajuda de Rias, se aproximou de Raphtalia. Um abraço reconfortante, carregado de saudade e amor, uniu os dois irmãos. As lágrimas de Misheru se juntaram às de Raphtalia, um coro de emoção que ecoava no silêncio.

Mas, em meio à felicidade, o preço da batalha se fez presente. Misheru,  de repente, se soltou do abraço,  caindo no chão com um baque doloroso. O sangue escorria de sua boca, tingindo o chão em tons escarlates. Rias e os outros se aproximaram, a preocupação estampada em seus rostos. Misheru, exausto,  perdia a consciência, vítima do poder que havia utilizado.

— Melhor vocês irem embora — disse Raphtalia, a voz firme,  enxugando as últimas lágrimas. Rias, com cuidado, pegou Misheru nos braços. Kiba, com gentileza,  retirou Issei dos braços de Asia.  O grupo do clube de ocultismo, em uníssono, entrou no círculo mágico desenhado por Akeno e desapareceu em um flash de luz.

Raphtalia, com Asia em suas costas, se afastou do local.  Em um lugar não muito longe, Freed, com a perna quebrada, cambaleou com dificuldade. Seu rosto, marcado pela dor, se iluminou ao ver Emi se aproximando.

— Ah, é só você. Bora me ajuda aqui —  disse Freed, com um sorriso fraco e um gemido de dor. O sangue escorria de sua boca,  e ao olhar para baixo, ele viu um buraco profundo em seu abdômen.

— Mald... maldita... —  Freed,  com a voz falhando,  caiu no chão,  quase sem vida. Emi, com os braços cruzados,  suspirou e se virou, deixando Freed  à mercê do destino.

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