Capítulo 20

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Boas tardes~

primeiro de tudo: eu realmente queria att no Natal como um presente pra vcs, mas infelizmente as coisas aq em casa nessa data ficam corridas demais, loucas demais, e além disso a elfa doméstica aqui quem tem que preparar a ceia ;-; (pelo menos a Sahh me ajuda). Mas ainda vai ter cap antes do Ano Novo, isso eu prometo

Gente a fic chegou em seu arco final, vão se despedindo porque faltam poucos capítulos pra ela acabar 🤧 Quem sentiu falta do Todoroki vai gostar desse cap <3

Capítulo revisado em: 01/05/2023

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Izuku deixou a entrada da Torino com passos lentos e um pouco zonzos. Findou o trajeto até um conversível vermelho, cujo porta-malas estava aberto e armazenava duas caixas semelhantes à que tinha em mãos. Guardou-a ao lado delas.

— Essa é a última?

— Sim. — Izuku virou-se para Toshinori e fitou, sem emoção, seus olhos azuis preocupados. — Podemos ir.

Hesitante, Toshinori assentiu e fechou o porta-malas. Em seguida, entraram no carro. Embora soubesse que o ato não lhe faria bem, Izuku não tirou os olhos da empresa onde já não mais trabalhava enquanto o carro dava ré e tomava a saída do estacionamento.

Torino, sua conquista tão almejada, em dez segundos ficou para trás.

Os olhares que Toshinori lhe lançava não lhe passaram despercebidos, mas se sentia incapaz de tranquilizá-lo invocando uma expressão menos... morta? Deveria mesmo se preocupar com isso, aliás? Afinal, até Toshinori deveria saber que qualquer um em sua situação não estaria numa boa.

Mas... o que Izuku estava sentindo, exatamente? Ele não sabia dizer se o choque o baqueara ao ponto de fazê-lo não derrubar uma única lágrima, e julgou que devia ser esse detalhe que estava perturbando Toshinori: sua nítida apatia diante da situação. Seu normal seria chorar, como sempre fazia diante de adversidades, mas agora sentia como se assistisse à desgraça de outra pessoa e não conseguisse se importar demais.

Conforme enfrentavam o trânsito da manhã, Izuku mirava a avenida e os carros que, como o de Toshinori, perduravam mais inertes que ativos.

E isso, é claro, colaborou para Toshinori quebrar o silêncio.

— É realmente uma pena, jovem — disse em voz baixa. — Alguém te denunciou diretamente ao Sorahiko. Eu até tentei falar com ele, mas infelizmente ele foi irredutível na decisão.

— Está tudo bem, Toshinori-san — disse Izuku sem metade da tranquilidade que queria transpassar. Mas não se importou. — Desde o início eu sabia no que estava me metendo. Fiz o que fiz por minha própria conta e risco, e agora estou apenas lidando com as consequências. — Virou a cabeça para encarar o amigo. — A culpa não é de ninguém, apenas minha.

Toshinori engoliu em seco e voltou a prestar atenção na estrada quando o sinal vermelho mudou para verde.

— Você está agindo... melhor do que eu esperava — disse com tom incerto. Girou o volante e fez uma curva para a direita. — É... admirável.

Izuku assentiu, sem dizer mais nada, mas não negou que o comentário ficou em sua cabeça. Seria aquela indiferença um sinal de força?

Esqueceu a reflexão com a próxima pergunta de Toshinori:

— E quanto ao concurso, jovem? O que fará? Tem algo decidido?

Izuku prensou os lábios e fitou as mãos. Apesar do incômodo diante daquele assunto, não teve que pensar muito na resposta.

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