Capítulo 25

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E vamos de penúltimo capítulo!

Regulem a insulina de vcs, pq o cap é 99,9999999% de pura boiolice :3

Capítulo revisado em: 13/10/2023

***

— Vai ficar desenhando até quando, hein, Deku?

No apartamento de Deku, Katsuki e o anfitrião dividiam o sofá; Katsuki atrás, Deku na frente, entre suas pernas. Este, no meio do processo de desenhar o esboço de um vestido tomara-que-caia, recolheu a caneta digital por um momento para olhar Katsuki por cima do ombro.

Katsuki. Eu... Olha. Eu só te deixei ficar aí porque achei que você ficaria quieto. Eu já estou terminando, tenha paciência — disse e voltou ao desenho.

Katsuki trouxe os ombros de Deku para mais perto e enrolou um de seus cachos com o indicador.

— E quem disse que estou impaciente?

— Ah, você está. Eu sinto.

— Acontece que você está fazendo a mesma coisa há um tempão, estou só comentando, tá legal?

Katsuki deixou um pouco de teimosia vazar em sua voz, e se xingou por isso. Já conseguia imaginar o sorriso convencido no rosto de Deku...

— Olha — disse Deku, parando um segundo para suspirar e dando a Katsuki a certeza de que ele estava mascarando o humor na voz. — Normalmente, quando estou com tempo livre, me vem muita inspiração. Não posso simplesmente ficar parado, tenho que registrar!

— É, eu percebi.

— E, sabe, ainda acho meio injusto você continuar me chamando de "Deku" mesmo depois de o concurso já ter acabado.

— É mesmo, Deku?

Ele bufou de uma forma risonha.

— Sério, você vai ver. Vou te arrumar um apelido muito mais vergonhoso.

— Acho que é justo. — Katsuki enrolou mais cachos, esticando-os e em seguida fazendo-os voltar à forma. Seria mentira dizer que seu interior não reagiu ao que ele disse. — Eu já me acostumei com "Deku", então é impossível eu parar agora.

— Mais um motivo, então.

Ficaram em silêncio, apenas curtindo o momento. Katsuki não sabia, mas Deku se sentia travado igual a ele. O fato era que tudo era tão novo naquela relação que temiam tornar as coisas estranhas ao menor deslize; Katsuki, por exemplo, ao chegar ao apartamento naquela tarde e se deparar com Deku no sofá, precisou reunir muita coragem para se esgueirar e se acomodar atrás dele. Ele pareceu gostar: relaxou contra seu abdômen e sob seu cafuné hesitante.

Katsuki respirou fundo. Estavam bem. Ficando bem. Acertaram-se há apenas uma semana, mas não haviam oficializado o relacionamento para seus conhecidos ou para eles mesmos. Katsuki sentia uma certa ansiedade com isso, mas repetia a todo momento que era sensato irem devagar, especialmente depois de todo rolo pelo qual passaram. Deku ainda não dera retorno ao Jeanist sobre a proposta de emprego, e, por mais que Katsuki torcesse de dedos cruzados para que ele a aceitasse, não expunha sua opinião sobre o assunto. Não queria se meter demais e acabar exercendo sobre ele uma espécie de influência e muito menos que Deku interpretasse as coisas dessa forma. Naquele período de impasse profissional pelo qual Deku passava, Katsuki desejava transmitir a ele nada mais que confiança e a certeza de que estaria ao lado dele independente da decisão que ele tomasse.

Katsuki, após alguns momentos em que somente aplicou alguns afagos nos ombros de Deku, decidiu alcançar o controle remoto e colocar algo na TV. Seus dedos formigavam contra os botões. Ter Deku perto daquele jeito o lembrava da noite em que quase ficaram na cama dele, e uma vozinha irritante em sua cabeça o questionava várias vezes quando algo parecido aconteceria de novo. Não negava a covardia que se apossou de seu corpo e mente, e, se havia alguma forma de lidar com ela, ele ainda não conhecia.

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