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》Lisa《

Acordei com a cabeça latejando e sentindo um peso enorme em cima do meu corpo.

Abri o olho e dei de cara com o Filipe, o que me fez dar um grito e acordar ele, que assustou e saiu rolando da cama pro chão.

- Mas o que que é isso?! - gritei puxando o lençol para cobrir meu corpo - Filipe, eu vou matar você!

Comecei a jogar as almofadas todas em cima dele, e o mesmo subiu na cama de volta e veio por cima de mim, me imobilizando.

-  Calma, porra - ele gritou - Não aconteceu nada.

- COMO ASSIM NÃO ACONTECEU NADA? - gritei de volta.

- Cala a boca e me escuta, esquentadinha. Você chegou bêbada e se jogando pra cima de mim, doida pra se aproveitar do meu corpinho! Mas eu me controlei, rolou só um beijo e nada mais.

Fiquei um pouco mais calma e fiz sinal de positivo, pra ele sair de cima de mim.

- Olha só, eu não sei o que eu disse ontem nem o que eu fiz, mas retiro tudo e peço que esqueça, tá? - disse me sentando na cama, vendo ele passar a mão pelo cabelo e rir.

- Impossível esquecer você falando que queria transar comigo, Lis - ele sorriu de lado.

- O que? - passei a mão pelo rosto - Se enxerga, eu só estava bêbada! Sabe como é, a bebida aumenta os hormônios, sei lá.

- Para de marra, eu sei que não deve ser fácil me ver assim, todo gostoso, e não poder agarrar - ele piscou - quer dizer, poder pode né, você que não quer.

Ele foi chegando mais perto, engatinhando pela cama e vindo na minha direção enquanto falava.

- Mas quando quiser... - ele veio chegando cada vez mais perto - Você sabe onde é meu quarto...

Fechei os olhos tentando controlar a vontade de bater na cara dele e a de beijar aquela boca. Desgraçado.

- Sabe que eu quero, e sabe que sempre te espero... - sussurrou no meu ouvido e passou a língua levemente pela minha orelha, dando um suspiro quente.

- Jesus Cristo - sussurrei apertando o travesseiro - Sai daqui agora.

Ele continuou, mas dessa vez abaixou mais a boca, cheirando meu pescoço, passando a ponta do nariz por tudo e as vezes a língua.

- Sair porque? - ele voltou para o meu ouvido - Você não quer?

- Eu... - respirei alto - Quero...

Mal terminei de falar e ele agarrou meu pescoço, encaixou nossas bocas e me beijou com uma vontade que parecia estar reprimida.

Puxei ele para mais perto, entrelaçando os dedos em seu cabelo, enquanto nossas línguas se mexiam com uma sincronia simplesmente incrível. Como se tivesse sido criadas para estarem juntas, uma sentindo o sabor da outra.

Ele desceu os beijos, fazendo eu me arrepiar com cada toque da boca dele na minha pele.

Senti quando suas mãos me massagearam delicadamente por cima da minha calcinha, fazendo eu me arrepiar mais, e sentir necessidade de o ter mais perto de mim.

De preferência dentro.

Ele começou a tirar minha calcinha, mas parou na metade da coxa quando ouvimos batidas na porta.

- Meu Deus do céu - assustei e virei pro lado.

O problema é que não tinha lado. Só chão.

Fomos os dois pro chão, os dois com vontade de rir. Ele aproveitou que estava por cima e me beijou.

Correspondi e inverti nossas posições, ficando por cima e o beijando com mais vontade.

- Ô Lis! -  a voz da Ana fez com que eu saísse de cima dele rapidamente e me enrolasse no lençol.

- Se esconde! - cochichei apontando em baixo da cama - Vai, entra ai, caramba!

- LIS! ACORDA! - ela continuou na porta.

- Tô indo, tô indo - segurei a risada e destranquei a porta - Fala, princesa.

- Caramba - ela abriu a boca - a noite foi boa ontem, né? Tá toda acabada.

- Não enche, tá - revirei o olho - O que você queria?

- Ah! - ela deu um pulo e entrou no quarto - Eu preciso te contar.

- Contar o que? - perguntei quase sem prestar atenção, preocupada com o Filipe em baixo da cama.

- Ontem a noite, do nada, o Miguel disse que nós vamos viajar. Eu, ele e a Maya. Pra praia! - ela se jogou na cama e sorriu - Porra, eu tô tão feliz.

- Ah, que ótimo, Ana! Um passeio em família - sorri, feliz por ela.

- E você e o Filipe vão poder se agarrar a vontade - ela levantou indo pra porta e rindo - Não vai precisar esconder ele em baixo da cama mais.

Louco pra voltar • RetOnde histórias criam vida. Descubra agora