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(Teve muita gente falando que eu tava enrolando demais para desenrolar essa história KKKKKK tava msm então vamo adiantar essa porra aqui e bora né carai)

Cap curto pois estou cheia de coisas pra fazer, bjs$2

《 Lisa, um mês após a morte de sua mãe》

Perdi minha avó e minha mãe, as mulheres que eu mais amava, e agora, eu teria de cuidar de um bebê, uma adolescente malcriada e grávida, e ainda por cima, morar com um traficante e aturar seus surtos.

Que porra de vida.

Que caralho de vida.

- Ô Lis, onde é que tu tá hein? Se some caralho.

Filipe já estava gritando às 7:00 horas da manhã por mim, provavelmente para perguntar se tem café, ou onde foi que a cueca dele foi parar.

- Ah, se tá aí - falou enquanto entrava na cozinha - viu, se não sabe onde tá meu tênis não? Aquela porra sumiu véi.

Reviro os olhos e suspiro.

- Não, não vi. - respondo me levantando da cadeira e colocando a caneca de café na pia.

- Porra, tu também não vê nada hein...

- São as suas coisas, na sua casa! Então para de encher a porra do meu saco toda vez que quiser achar alguma coisa porque eu não vi e não sei!

Gritei tudo isso olhando em seus olhos e com as mãos levantadas, já não era de hoje isso.

- Baxa o tom mano, baxa o tom - ele dá dois passos em minha direção - se tá na minha casa pô! Quer gritar comigo aqui dentro, caramba?!

- Ah vá se fuder, Filipe! Vá pra puta que pariu você e a sua casa! - grito ainda mais alto, afinal, não era isso que ele queria? Me deixar louca?!

- Se vem comigo também? - dessa vez ele responde calmo, na verdade, em sua voz senti até uma pitada de safade...

Filho de uma puta mesmo.

- Não, você vai se fuder sozinho.

Sai daquela cozinha com os olhos arregalados e extremamente irritada por ele fazer piadinhas sem vergonha nenhuma no momento em que estou brava e fragilizada, e enquanto isso ele ria.

Esse cara é insuportável, sinceramente nem sei como pude beijar aquela boca, ou abraçar aquela desgraça de pessoa um dia.

- Lis, olha só! Vem cá ver, já dá pra ver a barriguinha - a voz de Ana me tranquiliza na hora, olho em sua direção e a vejo em frente ao espelho da sala com a mão na barriga.

- Ah, meu Deus...- passei levemente a mão naquela barriga que carregava um ser e quase chorei. A verdade é que estou muito sentimental nos últimos dias.

Sorri para Ana e fui para o quarto, eu pretendia deitar e dormir um pouco, já que na noite anterior trabalhei até tarde e mal dormi.
Porém uma gritaria do caralho começou na frente de casa e eu fui praticamente obrigada pela minha curiosidade a correr na janela e olhar a droga que estava acontecendo.

- SOME DAQUI CARALHO! VAZA!

Filipe gritava totalmente descontrolado para alguém que eu não pude ver, pois estava atrás de uma árvore.

- SE TÁ LOUCO? EU TE QUEBRO NA PORRADA! SOME!

Arregalo os olhos ao perceber que se trata de Lucas.

O que ele fazendo aqui?

Lucas finalmente entra no carro e vai embora, enquanto Filipe sobe batendo os pés de raiva.

Ouço a batida na porta do quarto e já me preparo para pedir desculpas pelo meu ex namorado ter aparecido na casa dele, mas ao invés de estar com raiva de mim ele apenas pergunta se vi alguma coisa.

- É...vi...era o Lucas? O que ele queria? Veio atrás de mim?

Filipe passa aa mãos pelo cabelo que mais parece um monte de grama e suspira.

- É pô, esse cara é locão em tu né? Já é a segunda vez que o filho da puta me aparece por aqui.

- Desculpa, é minha culpa...Eu disse que não devia ter vindo pra cá, agora ele vem aqui trás de mim e sempre sobra pra você...

Começo a chorar e abaixo a cabeça.

- Que isso mano, nois ajuda de boa, tem problema não. Ô fia, para de chorar pelo amor de Deus.

Seu rosto expressa...pena.

Que droga, não quero que sintam pena de mim.

- Obrigada Filipe, muito obrigada - enxugo o rosto e dou um leve sorriso - Agora se me dá licença, eu quero dormir, tá?

Fecho a porta e o deixo lá parado. Pode parecer falta de educação, mas na verdade só estou mantendo uma distância considerável dele, se é que isso é possível morando na mesma casa.

Deito na cama e fecho os olhos, fico assim por uns dez minutos e nada. Não consigo dormir.

Desde que terminei com o Lucas não tive sossego, e depois minha mãe morreu, e agora cuido da Ana, e da casa que nem é minha...

Me sinto tão perdida e sem ninguém.

Tenho a Ana, mas não para conversar, desabafar...abraçar.

E para piorar tudo o Filipe parece fazer questão de me irritar cada dia com algo diferente.

《Filipe》

Olho para o celular e vejo uma notificação de mensagem.

Duda.

"Sentiu minha falta, amor?"

Ah, caralho.

Louco pra voltar • RetOnde histórias criam vida. Descubra agora