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Lisa

Algumas pessoas beijamos apenas por beijar.

Permitimos que nossas bocas se juntem apenas por algo do momento, a sensação que temos na hora.

Mas há outras pessoas, outras bocas...que permitimos que entrem em contato com a nossa porque realmente queremos, e gostamos daquilo. Não apenas no momento, mas talvez pela vida toda.

Mais uma vez eu me permiti ser beijada. Por ele.

E foi um beijão.

- Filipe... - coloquei minha mão por cima da dele, que já ia subindo minha coxa.

- Hum?

- Isso não era pra ter acontecido... - empurrei ele - QUE ÓDIO!

- Lisa, pelo amor em - ele passou a mão pela cabeça.

- Nossa, que saco - revirei o olho e limpei a boca - eu não queria isso.

Ele deu risada.

- A madame vai se fazer de coitada agora?

- Que ódio, Filipe, que ódio - encarei ele, brava.

- Se não quisesse, não tinha beijado de volta.

- Acontece que... - tentei me defender.

- Acontece que cê tá cê fazendo de difícil, fingindo que não me quer também - ele ficou sério - mas eu sei que quer.

- Nossa, você é tão convencido - ri, nervosa.

- Vai, besta - ele riu e apontou para mim - Ainda te pego de jeito.

- Vai sonhando - me virei pro meu quarto.

- Só que daí vai ser pra sempre - ele falou antes de bater a porta e sair de novo.

Que ódio.

Filipe

Peguei o carro e fiz o mesmo caminho que já estava fazendo há uns dias.

Vi a Duda descer o morro, e fazer o mesmo trajeto.

Dessa vez eu não iria perder ela de vista, ia seguir até o fim e descobrir com quem ela tava se encontrando.

A vagabunda rodou, rodou, rodou e rodou, pra no fim começar a entrar em um monte de loja.

- Não te peguei hoje - resmunguei, ligando o carro para voltar pro morro - mas na próxima você não escapa.

Passei pela boca, conversei com uns caras e resolvi uns assuntos que já tava evitando há dias.

Depois subi pra casa de novo pra tomar banho e me arrumar pra pegar meu filho.

Quando deu o horário, sai de novo e fui pra casa da Duda pegar o menino.

- Oi, amor! - ela abriu a porta sorrindo.

- Cadê o Leonardo? - enfiei a mão no bolso e quebrei o resto da bala entre os dentes.

- Nossa - ela revirou os olhos - vou pegar ele.

Peguei o menino e resolvi dar uma volta não muito longe de casa, ia levar só pra tomar um sorvete, criança adora.

Depois que andei um pouco com ele, levei de volta pra mãe e subi correndo de novo pra boca.

***

Gente, eu sei que ficando meses sem postar nada...mas a vdd é que eu sou daquelas que quer ver resultado sem fazer esforço, ou seja, quando vi que meu livro não crescia logo eu fiquei brava e desanimei, mas não pensei em fazer oq era certo: escrever mais e me empenhar. Enfim, agora que passou tempos sem aparecer aqui e quando vejo temos mais de 40k em leituras. Bom, vou terminar esse livro quando conseguir e por outras idéias em prática que enjoei de escrever sobre morro. Aliás, foram ver meu livro novo? "Vida de espiã" é super diferente de outras coisas que escrevi, conta sobre a vida de uma espiã e suas paixões em meio o trabalho, mas claro, tem somente um pelo qual o coraçãozinho dela bate forte de verdade (spoiler, rs). Um beijo meus amores, e acompanhem meus outros livros!

Louco pra voltar • RetOnde histórias criam vida. Descubra agora