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Filipe

- Vish - resmunguei saindo de debaixo da cama - Foi a sua irmã que mandou eu ir lá pra baixo, por mim nós já teríamos assumido nosso romance.

- Que romance o que, Filipe, cala essa boca - Lis me deu um tapa na cabeça.

- O filha, cê tá louca - devolvi o tapa na bunda dela.

- O amor é lindo - Ana suspirou e fechou a porta.

- Não deixa ele aqui não - Lis começou a me empurrar pra fora do quarto também - Pode ir saindo.

- É assim então? Você aproveita dos meus beijos e depois me expulsa? - ela ri.

- Vem cá - me puxa pela gola da camisa e me beija, mas logo me empurrar de volta pra porta.

- Agora sim pode ir, quando eu precisar dos seus serviços novamente eu te chamo, tchau.

A vagabunda bateu a porta na minha cara, como sempre. E eu fiquei meia hora lá paradão sem entender.

- Ela tá achando que eu sou prostituto agora, é - resmunguei indo pro banheiro.

》Lisa《

Mudança de planos.

Não dava mais, sem condições de continuar evitando aquele vagabundo, gostoso, miserável e infeliz do Filipe!

Então vou virar o jogo.

Quer me agarrar e agarrar outras? Pois bem, quem vai fazer isso agora sou eu.

É bom que eu me satisfaço e ele também, só vejo vantagens dos dois lados.

Coloquei uma roupa decente e saí do quarto, eu precisava tomar um café bem forte pra sentir que todo o álcool tinha saído do meu corpo.

- E aí, bipolar - escutei a voz do Filipe atrás de mim.

- Bom dia, graminha! - coloquei uma xícara de café na mesa pra ele.

- Graminha? - ele ergueu a sobrancelha.

- É - apontei pro cabelo verde - O cabelo, sabe.

- Engracadinha, devia trabalhar em um circo.

- Eu não, o palhaço aqui é você - dei risada me referindo ao que a Duda faz com ele.

- Idiota - ele bebeu um gole do café - Então decidiu aceitar a vontade de me beijar?

- Olha, só tô deixando isso rolar porque no momento não tenho outro com quem matar minha necessidade - dei de ombros - e você já mora aqui mesmo né, é bom quem nem gasto com transporte ou meu tempo saindo de casa.

Ele estava de boca aberta, depois riu.

- Caralho em, eu vou sair porque tenho mais o que fazer - balançou a cabeça e levantou.

- Tá, ué - dei risada mordendo um pedaço de pão.

- É cada idéia mano - escutei ele resmungar na sala.

Engraçado que ele pode me usar, mas eu não posso querer usar ele que o bonito já fala "cada idéia". Ah, sai fora, cara. Direitos iguais.

Louco pra voltar • RetOnde histórias criam vida. Descubra agora