A cidade é calma, porém já que é uma cidade pequena, todos olham bastante para nós. Passamos a noite na casa dos pais de Jack, mesmo que a senhora da casa a frente não tenha confiado em nós. Levantamos cedo para não nos verem, mas ela já estava na calçada olhando fixamente para a casa que estamos. O carro está em frente a casa, e entramos nele. A senhora da um "tchau" com a mão, mas olhando do carro, da para ver que ela faz uma cara feia.Estamos no carro indo em direção a estrada, atrás de uma explicação que Mary me deve. Shiki está deitado em meu colo, estou olhando a vista da cidade pela janela da frente. Jack está ao meu lado, no banco do motorista e Arthur está deitado nos bancos de trás. Ele pegou uma bola do tamanho de sua mão em forma de soco no quarto dele na casa, e está jogando para cima e pegando-a de volta.
Escuto um celular tocar. É um toque de telefone fixo, muito irritante. Arthur segue o som até perceber que está vindo do porta-malas. Ele coloca a mão no grande buraco que há atrás dos bancos de trás e levanta o pequeno celular descartável e vê quem liga. É um numero salvo como "123".
Ele atende
—Alô? —Fica em silêncio por uns segundos, depois faz uma cara estranha. —Mary?!
Quando eu salvei o número dela? Que estranho. Arthur passa o telefone para mim.
—Oi, Victoria. Você sabe o gato da Maggie? —Olho para ele em meu colo. —Então, ele sumiu depois que vocês foram embora. Não estou te culpando de nada, mas acho que está com vocês.
Estamos no sinal vermelho e os meninos estão me encarando.
—Ah... então, ele... magicamente apareceu em nosso carro. —Dou um sorriso forçado e gesticulo não entender a situação para os meninos.
—Ai meu Deus, ainda bem. Pensamos que ele tinha sumido de novo para sei lá onde. Sabe, nós não estamos na casa de Maggie, onde vocês estão? Eu posso ir até vocês e pegar o gato.
—Nós estamos, hã —Olho para os lados e vejo uma placa. —Cruzando a avenida 38 de uma cidade chamada...
—Ah, sei onde estão. Vão para aquele restaurante que tem um refrigerante de cenoura.
—Abóbora? —Corrijo.
—Esse mesmo! Encontro vocês lá. —Ela diz.
—Mary! Não desliga, queria saber sobre a carta que você mandou. —Tento dizer, mas ela logo desliga.
Suspiro desanimada.
Explico para Jack e Arthur o que conversamos na ligação e disse para irmos até o restaurante que fomos no dia anterior.
Quando chegamos lá vimos que estava mais cheio que antes. Sentamos em uma mesa, esperamos por um tempo e acho que Arthur está mais ansioso que eu. Ele olha para todos os lados e todas as vezes quando o sino da porta de entrada toca, ele olha rapidamente.
—Relaxa, Arthur. Por que você está assim? —Jack pergunta fazendo uma cara confusa.
—Não quero ver Maggie novamente. —Ele diz levando o Sodabóbora até a boca.
Jack finge tentar segurar a risada.
—Era só o que me faltava. —Jack da um sorriso soprado e olha para a porta que faz o mesmo barulho de sino das outras vezes. —Falando nela.
Arthur da quase um mini infarto. Ele reclama baixo varias vezes num intervalo de segundos, antes das duas loiras chegaram até nossa mesa. Elas se sentam nos lugares vagos da mesa.
—Oi, desculpa a demora. —Mary diz olhando para nós.
Maggie tira um papel do bolso e joga em direção a Arthur. Ele engole em seco olhando para o papel depois olha para ela.
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Presa por um amor
Mystery / ThrillerVictoria Firshaeld, uma jovem adulta que se mudou para uma cidade pequena, onde começou a trabalhar em uma papelaria bem conhecida da cidade. Com isso, conhecesse seu novo chefe, Jack. A partir dai tudo em sua vida mudou. Data de início: 21/02/2019...